“Escreva só que me chamo João, assim ninguém sabe quem é”. O pedido é-nos feito mal passamos o portão que dá para o pátio da casa do Sr. João Santos, e começamos a conversar com ele. E ao escrever o sobrenome não estamos a faltar ao compromisso assumido, como será explicado mais à frente. “Também ninguém me conhece por esse nome”, garante, sorridente.
Aos 81 anos, o Sr. João é alguém muito bem-disposto, de cabelo branco muito curtinho, e com umas mãos enormes, quiçá tão grandes como o coração. Partilhou connosco uma manhã, em que nos falou mais da sua vida, do que aquilo a que parecia disposto, inicialmente.
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