Uma coisa é consensual: na hora de comprar ou alugar casa, o consumidor está mais informado, tem um maior acesso à informação e toma decisões de forma mais ponderada. Ao “auscultar” duas imobiliárias, com porta aberta em Aveiro, o Diário de Aveiro tentou perceber que comportamento tem tido o mercado, numa altura em que o poder de compra desce e as dificuldades das construtoras crescem.
O aumento da procura de uma casa para arrendar é uma das respostas que o mercado tem dado, perante o actual cenário económico-financeiro. No caso da Era, Nélson Ressurreição, director-geral da Imosentido (que representa a Era em Aveiro), revela que o arrendamento traduz-se em 33 por cento do total de operações (dados do primeiro semestre de 2013) – uma diferença acentuada em relação a 2011, altura em que representava apenas 19 por cento.
“No nosso caso, o arrendamento está com uma dinâmica muito interessante, sobretudo na procura do nosso serviço de ‘Gestão de Arrendamento’, que foi este ano reforçado junto do segmento universitário com o lançamento do inovador serviço ‘Arrendamento a Estudantes’”, conta Nélson Ressurreição.
José Francisco Silva, director-geral da Remax Abc, confirma esta tendência e acrescenta que “a taxa de absorção é inferior a um mês”. Para o aumento da procura do arrendamento também pesa, segundo, José Francisco Silva, a “alteração da legislação, que veio proporcionar uma melhor protecção dos senhorios”, a mobilidade no trabalho e, por outro lado, as dificuldades de muitos clientes em recorrer ao crédito à habitação acaba por tornar mais frequente a opção por uma casa arrendada.
Acompanhando o rumo tomado pelo mercado, a Remax criou a solução “Renda Garantida”, que dá a possibilidade de os senhorios terem ainda mais segurança, com um serviço de protecção jurídica, e o pagamento das rendas em caso de incumprimento por parte do inquilino.