O bar “Salinas”, situado na praia da Barra, em pleno areal, foi, anteontem à noite, consumido pelas chamas. A origem do fogo ainda está por apurar, mas o proprietário do espaço, Oliveiros Ferreira, não afasta a hipótese de “fogo posto”. “A combustão começou no interior e o bar estava fechado. Não sou perito, mas é estranho”, declarava o empresário, na altura em que se deparava com o cenário de destruição que tomou conta do bar. O alerta foi dado pouco depois das 22 horas, tendo sido mobilizados para o local perto de 40 bombeiros, apoiados por 10 viaturas, das corporações de bombeiros de Ílhavo e Aveiro (Novos e Velhos).
Segundo avançou ao Diário de Aveiro Carlos Mouro, comandante dos Bombeiros de Ílhavo, “quando aqui chegámos, o bar já estava totalmente tomado pelo fogo”. “O vento forte, associado ao facto de o bar ser todo em madeira, não ajudaram em nada”, testemunhou Carlos Mouro, a propósito das dificuldades encontradas pelos bombeiros e às quais se juntou também a dificuldade de acessos (ver caixa).
O comandante escusou-se a adiantar uma causa provável para o fogo, referindo apenas que “essa investigação caberá, agora, às autoridades policiais”. No local estiveram já elementos da Polícia Judiciária (PJ) e, segundo o Diário de Aveiro conseguiu apurar, não está afastada a possibilidade de o fogo ter tido origem criminosa.
Os prejuízos ascenderão “a milhares de euros”, apontou o proprietário do espaço, ao mesmo tempo que revelava que o bar estava coberto por um seguro. Ainda assim, “nem todos os danos são cobertos pelo seguro”, lamentou Oliveiros Ferreira, ao mesmo tempo que recordava que, “ainda em Janeiro, o temporal provocou grandes estragos neste bar”. Este empresário que trabalha “há 24 anos com bares de praia” confessa nunca ter sido confrontado “com uma coisa assim”.