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12-11-2013

Rui Marqueiro: “Talvez este seja um mandato sem exemplo...”



Diário de Aveiro: Regressa à Câmara Municipal da Mealhada 14 anos depois. O que foi que o motivou?
Rui Marqueiro: Quem gosta de política, como eu, encontra sempre motivação. Sinto-me motivado para a acção política. Não existe nenhuma circunstância especial, a não ser o facto de os militantes entenderem que eu seria o melhor candidato para os representar e representar a população. De resto, a minha candidatura resulta, igualmente, de uma escolha interna do PS, como foi público.

Ou seja, não se tratou de uma escolha consensual dentro da família socialista...
Ainda bem que assim foi, porque eu sou contra os unanimismos. E as pessoas têm que se habituar a perceber que os partidos não são monocórdicos. Pode e deve haver sempre alternativa.

Essa “divisão” interna está ultrapassada?
Não existe divisão, isso é quando as pessoas se guerreiam. Divisão aconteceu noutros concelhos, em que uma ala se separou do partido para se apresentar a eleições. Isso aqui não sucedeu.

Passados estes 14 anos em que esteve “fora” da gestão da autarquia, nota que o concelho evoluiu e desenvolveu?
Evoluiu claramente e também não poderia ser de outra forma... foram 14 anos de investimentos públicos, esperando eu que daqui a quatro anos também esteja um pouco melhor.

Já está há cerca de três semanas a assumir as funções de presidente. O que encontrou na autarquia? Algo o surpreendeu?
Nada me surpreendeu. Quando saí da autarquia, esta já tinha um quadro de funcionários competentes e capazes, que foi o que vim encontrar. Claro que a organização está um pouco mais complexa, mas naturalmente que os 14 anos que decorreram também fizeram da vida mais complexa. A organização interna ainda não é a que eu quero mas, a pouco e pouco, temos que ir mudando o que entendemos que está menos bem. É claro que estamos muito limitados pela lei que determina um conjunto de dirigentes máximo e mínimo, e a verdade é que os limites máximos são muito curtos. Só podemos ter um chefe de sector e cinco de divisão e, neste momento, temos sete chefes de sector e cinco de divisão. A prazo temos que voltar a um modelo que é imposto pela lei e isso é difícil. Acontece que temos cerca de 300 funcionários e, pelas minhas contas, de acordo com a lei, dará mais de 60 pessoas por cada dirigente.


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