Os imigrantes ucranianos na região seguem com atenção os protestos no país natal. O Governo está a ser contestado na rua por não avançar com o acordo de associação com a UE e preferir virar-se para a esfera de influência da Rússia.

Lyudmila Bila, ucraniana, professora de literatura russa que lidera a associação de apoio a imigrantes em Aveiro, explica que se trata de uma marca forte que vem do passado.

“O laço com Rússia sempre foi muito forte. Não sei bem como foi combinado mas qualquer opinião sobre a Rússia é vista de forma negativa porque a Rússia não quer esse acordo de associação. Neste caso não foi a Rússia, foi uma decisão do Primeiro-Ministro da Ucrânia que escolheu mas faltam explicações ao povo. Antes de fazer acordo o povo deveria saber mais e com pormenores”.

A dirigente associativa fala sobre a imigração ucraniana na região para dizer que o grande foco de chegada a Portugal já passou. Hoje há integração e muitos, já com nacionalidade portuguesa, fogem à crise rumando a países do centro da Europa.

“Muitas famílias regressaram à Ucrânia e muitas foram para Alemanha e França. Com a nacionalidade portuguesa têm mais facilidade em arranjar emprego noutros países. No passado chegámos a atender 40 ou 50 pessoas mas agora o atendimento caiu porque as pessoas já não têm essa necessidade”.