A Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial (AGIM) viu aprovada uma candidatura submetida ao Sistema de Apoio a Ações Coletivas do programa COMPETE para a constituição e dinamização do Cluster dos Pequenos Frutos em Portugal. O investimento elegível aprovado ascende a 437 mil euros, sendo que o incentivo aprovado atinge os 349 mil euros.

O Cluster dos Pequenos Frutos vai ser promovido pela Agim e tem como co-promotor o Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional e como parceiros o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e a associação PortugalFoods.

O projeto agora aprovado vai estender-se até junho de 2015 e aborda a área da produção (levantamento e caracterização da cultura da amora, framboesa, mirtilo e groselha); a caracterização da qualidade das cultivares para aptidão agro-indústria; o levantamento das pragas e doenças; visitas de estudo (benchmarking) aos Estados Unidos, Holanda e Itália; workshops com especialistas; encontros de produtores, de técnicos e de comercializadores; elaboração de um boletim técnico; e realização de um congresso nacional do mirtilo.

Quanto à área da comercialização e agro-indústria o cluster vai promover a elaboração e apresentação do plano de negócios para a agro-indústria; um estudo do mercado mundial sobre o potencial de diferenciação e de mercado de produtos alimentares com pequenos frutos; e criação e promoção do centro de conhecimento e inovação em pequenos frutos, a instalar no Vougapark; e um observatório de preços e de mercado.

Finalmente, na área da promoção, o projeto prevê a criação da marca “Umbrella” para os pequenos frutos e seus subprodutos de origem nacional; a promoção do consumo dos pequenos frutos; realização de workshops de culinária e palestras de nutrição.

Sofia Freitas, coordenadora da Agim, destaca a importância da aprovação do Cluster dos Pequenos Frutos. “Este projeto vem contribuir decisivamente para o fortalecimento e competitividade desta fileira que se está a tornar cada vez mais importante para o nosso país, com a vantagem de surgir numa fase de forte investimento privado na produção e comercialização. Este é o momento de lançar as bases do futuro desta fileira e o projeto será fundamental para apoiar a estruturação e organização da produção e para a valorização dos pequenos frutos portugueses no mercado interno e externo, especialmente na Europa”, explica Sofia Freitas.