A Câmara de Estarreja admite apresentar candidatura a fundos do Estado para situações de catástrofe como forma de reaver dinheiro investido na recuperação de motas no Baixo-Vouga e outras intervenções a propósito dos efeitos do mau tempo.

Diamantino Sabina, presidente da Câmara de Estarreja, admite que a autarquia já gastou uma verba a rondar os 150 mil euros em áreas que seriam da competência do Ministério do Ambiente, nomeadamente quando em causa estão os terrenos agrícolas do Baixo-Vouga.

“O que há é um fundo disponível vocacionado para este tipo de calamidade. Vamos candidatar-nos para além de continuar a alertar o Estado para esta situação. Estamos a intervir em questões que não são da nossa competência. Se esse fundo existe vamos tentar usá-lo para tentar ressarcir do que tem sido um gasto para além do que era exigido”.

O autarca afirma que, em simultâneo, vai manter a pressão para que o projeto de defesa do Baixo-Vouga – de âmbito mais geral – seja concretizado. Não tendo sido abrangido pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional, acabou “atirado” para um novo quadro comunitário.

Sabina admite que o tema vai continuar na agenda mesmo durante o período em que a autarquia vai assumindo os pequenos arranjos necessários a garantir a atividade dos produtores agrícolas mesmo sem estar capacitado tecnicamente para o fazer. “Não temos máquinas pesadas para o fazer”.