O presidente da Câmara de Ílhavo não está convencido que a solução do Ministro do Ambiente para a recuperação do areal da Barra passe apenas pela recarga de areia e diz que vai manter pressão para garantir uma intervenção duradoura.

Jorge Moreira da Silva diz que o primeiro investimento será feito em recargas de areia e prometeu estudar a construção de um molhe intermédio entre Barra e Costa Nova. O autarca de Ílhavo diz que vai ficar atento.

“Vou acreditar que seja possível e não vou deixar o Ministro descansar até que o problema seja resolvido com a questão da corrente erosiva. Seja com esporão a norte ou a sul ou um no meio, quem estuda tem que decidir a melhor solução. A partir daí todos os habitantes podem dormir descansados durante a noite”.

O autarca diz que o reconhecimento da problemática é positivo e congratula-se com o comungar das preocupações acreditando que as entidades oficiais estão “no bom caminho” para encontrar soluções numa “intervenção sustentada”.

“Estamos convictos que só uma intervenção de fundo em toda esta zona poderá evitar de forma efetiva as grandes preocupações que sempre acontecem quando a agitação marítima e as condições meteorológicas se sucedem de forma semelhante às ocorridas ultimamente”, revelava Fernando Caçoilo no final da visita.

Na companhia do Ministro do Ambiente, Fernando Caçoilo lembra que o impacto provocado pelo temporal está a crescer desde 2009 de forma mais agressiva trazendo à memória momentos vividos nos últimos anos da década de 70.

O enchimento da praia com areia será a intervenção prioritária mas a autarquia admite que soluções de fundo possam levar à construção de um esporão a implantar entre o molhe sul da barra de Aveiro e o esporão existente imediatamente a sul.