Filipe Neto Brandão denuncia o que considera a “grave situação nas listas de espera do Centro Hospitalar do Baixo Vouga”. O deputado eleito pelo PS aproveitou a audição ao Ministro da Saúde, ocorrida na última reunião da Comissão Parlamentar de Saúde, para citar a título de exemplo a lista de espera de Hematologia Clínica de cerca de dois anos.
“O país comoveu-se, e bem, com a história de uma paciente que aguardou quase dois anos pela realização de uma colonoscopia para, quando finalmente a realizou, ter sido descoberto que tinha um tumor, tornado inoperável pelo tempo entretanto decorrido. Ora, entre as larguíssimas centenas de doentes que, no Baixo Vouga, estão a esperar 658 dias para a realização dos seus exames hematológicos, quantos virão a ter patologias graves descobertas tarde demais para poderem ser curadas?”, perguntou o deputado aveirense.
Filipe Neto Brandão recordou depois que, há já um ano, expusera ao Ministro Paulo Macedo a grave situação que decorria do Baixo-Vouga - a mais populosa nut III da nut II centro - ter apenas um hematologista ao seu serviço, o que estava a gerar um constrangimento grave às solicitações. Um ano depoia, o deputado diz que “nada foi feito e a situação agravou-se substancialmente”.
Ou seja, um ano depois, nada foi feito e os utentes do Baixo Vouga (a mais populosa nut III da nut II centro), graças aos cortes efetuados na saúde, continuam reduzidos a um único hematologista e a uma lista de espera de dois anos.
“Trata-se de uma situação muito grave e um atentado à saúde dos 400.000 habitantes do Baixo-Vouga”. Como referiu Filipe Neto Brandão, “o SNS não é uma entidade abstrata, existe para servir os cidadãos. Nesta matéria, com esta política, não tem servido. Até quando?”, perguntou. |