A escassez de profissionais de enfermagem no Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, e o excesso de horas de trabalho a que são obrigados, coloca em risco a qualidade e segurança dos cuidados prestados, adverte a Ordem dos Enfermeiros.  
 O Bastonário da OE, que na sexta-feira passada realizou uma Visita de Acompanhamento do Exercício Profissional à unidade de Santa Maria da Feira daquele Centro Hospitalar, soube que aí são gastos mensalmente oito mil horas de trabalho extraordinário com enfermeiros.  
 A Ordem diz que há recurso sistemático a horas extraordinárias tem sido utilizado para colmatar as necessidades dos serviços em cuidados de enfermagem, sendo que, neste momento, “a exaustão das equipas de enfermagem é notória”. A Ordem alerta para “este estado de exaustão” que “terá a curto prazo reflexos na qualidade e segurança dos cuidados de enfermagem prestados”.  
 “O SNS está em colapso no que aos recursos humanos diz respeito”, sublinha o Enfermeiro Germano Couto, afirmando que há enfermeiros que passam 10 ou 15 dias sem folgas, “o que é contraproducente numa profissão cujo erro pode ter consequências gravíssimas para o cidadão”.
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