Omar Scafuro, vice-presidente da SAD do Beira-Mar, não esconde desilusão pela exibição no jogo deste domingo frente ao Santa Clara e que terminou com derrota por 2-0. O dirigente admite que a subida é uma miragem.
“Acho que temos que jogar cada jogo para fazer o melhor mas se jogarmos como hoje está difícil. Foi uma atuação decepcionante. Se jogarmos com a garra que metemos em Matosinhos pelo menos acabamos com honra. A aposta é subir em duas épocas e meia. Esta está comprometida mas no próximo ano não podemos falhar. Estamos a criar a estrutura para isso”.
O dirigente assume várias lacunas no plantel e diz que o reequilíbrio será um dos desafios principais. “No final da época avaliaremos. Herdámos o plantel e mexemos um pouco em Janeiro mas teremos que fazer alterações. No meio campo temos que ter mais qualidade. Falta um organizador no meio campo, um pensador. Alguém que pense o jogo”.
Scafuro não antevê mexidas profundas mas admite um investimento em qualidade. “Temos 25 jogadores. Não penso que seja exagerado mas precisamos de mais qualidade. Vamos mexer cirurgicamente. Temos coisas boas para conservar e mudar o que não funciona”.
O mercado nacional será prioritário mas na linha do que foi feito em Janeiro, Itália e Brasil serão apostas a considerar. “Temos que pensar em ter jogadores portugueses. Depois procurar oportunidades no Brasil e em Itália acho que será bom”.
A sad aveirense tem nos seus quadros atletas com mercado e o dirigente não esconde que está obrigado a gerar receitas extraordinárias. Willyan e Zappa são atletas em foco.
“Zappa tem que receber autorização da FIFA para ser nosso jogador porque ele é menor. Esperamos resposta da FIFA. Inscrevemos o atleta e fizemos apresentação do dossiê na FIFA. Os maiores clubes da Europa andavam em cima dele. Não é aposta minha. É uma aposta do futebol mundial. É um grande jogador. Veio para Portugal porque fomos mais rápidos. Talvez tenhamos outras surpresas deste tipo. Vamos ver se aparece uma boa oportunidade. Um bom jogador tem que ter boa vitrina e a nossa é a 1ª Liga. Até estarmos lá um atleta nunca será bem vendido. Willyan tem propostas. Certamente o jogador tem o interesse de várias equipas dentro e fora de Portugal. Neste caso daria mais na I Liga mas mesmo vendendo mal vai dar muito dinheiro. Temos dívidas para pagar aos credores e precisamos de fazer dinheiro. A reestruturação financeira é a prioridade. Depois pensamos nas próximas épocas desportivas”. |