A condenação para todos os arguidos do Face Oculta foi ontem solicitada no início das alegações finais do Ministério Público, que considera “ter sido provada uma associação criminosa”.
As declarações do arguido Namércio Cunha, único “arrependido” deste processo, foram o grande trunfo do Ministério Público, em termos de prova testemunhal, para sustentar o pedido de condenação geral para os 36 arguidos, mais concretamente 34 cidadãos e duas empresas de Aveiro e de Ovar, ambas do empresário de sucatas Manuel Godinho.
Nas alegações do Ministério Público, a cargo dos procuradores João Marques Vidal e Carlos Filipe Ferreira, não foram poupados os arguidos José Penedos e Paulo Penedos, pai e filho. “José Penedos violou o estatuto do gestor público, que é cristalino quanto às incompatibilidades de participar em quaisquer decisões em que o seu tivesse interesse”, afirmaram os magistrados do Ministério Público.