O presidente da Câmara de Aveiro diz que os críticos do negócio e da operação da ADRA devem aprofundar conhecimentos sobre a venda dos serviços municipalizados e lembra que nem tudo é questão de dinheiro mas também de infraestruturas. Ribau Esteves diz que a revisão do estudo de Viabilidade Económico Financeira que surge ao fim de cinco anos de operação da empresa Águas da Região de Aveiro vai ser momento para avaliar a operação e construir soluções para uma rede que não está completa no Município de Aveiro.
O autarca diz que vai ser necessário dar cobertura a zonas como as Agras do Norte e Póvoa do Valado e rever os sistemas.
“Afinal, Aveiro não tem cobertura a 100%. Queremos colocar nos investimentos essas áreas que nos faltam. É a revisão dos investimentos de expansão, de investimentos de manutenção e de lucros de remuneração aos acionistas que está em causa e não exatamente por em causa o acordo feito há 5 anos. A CMA fez um bom acordo. Esperamos que a revisão seja boa para todos e é minha convicção que vamos conseguir”.
O autarca de Aveiro reagia à crítica do presidente da concelhia socialista de Aveiro que mantém dúvidas sobre o negócio das águas devido à venda por 58 milhões de euros por acreditar que os SMAS valeriam bem mais.
O atual autarca de Aveiro que esteve na criação da empresa enquanto presidente da Câmara de Ílhavo e da CIRA considera que o negócio foi bem feito e continua a fazer todo o sentido. Ainda assim, diz que em teoria todas as Câmaras e a empresa Águas de Portugal podem rever a sua posição.
“Essas empresas estão a fazer o seu trabalho de consultoria e, depois, cada município está a fazer esse trabalho com as suas equipas ou com outras consultoras para acompanhar o processo e para na revisão do estudo de viabilidade contribuir para o desenho da solução que queremos construir todos. É evidente que as hipótese de rotura e saída, no plano teórico, existem para todos, mas não é esse o cenário de base. Gerimos isto com profundidade e recato de um processo que tem que ser trabalhado”. |