Uma exposição que assinala o 6.º aniversário do Centro Cultural de Ílhavo foi inaugurada ontem à noite. A mostra concentra vária documentação, instrumentos musicais, fotografias e inúmera documentação sobre as formações musicais que existiam em Ílhavo no inicio do século passado. Grupos de músicos ilhavenses que se dedicavam ao Jazz com as suas 'Jazz-Band'. O rabecão, o violino, o trompete, o clarinete e a bateria, são alguns dos 'velhos' instrumentos com história expostos. "Vamos ao Jazz" evoca a memória do Jazz no Concelho, numa sala de exposições do CCI. Na cerimónia pública, que serviu para assinalar a data, Hélder Martins, investigador do Instituto de Etnomusicologia e Dança da Universidade de Aveiro falou do fenómeno do Jazz em Ílhavo. Um grupo de músicos de jazz da UA entreteve o muito público presente. Esta acção serviu ainda para apresentar o 'Festival Rádio Faneca 2014' que se realizará no centro da cidade, entre os dias 6 e 8 de Junho,(Jardim Henriqueta Maia). O líder autárquico ilhavense, Fernando Caçoilo, disse que o início do projecto de construção do CCI foi "complicado". "Quando iniciamos a obra, em 2005, tínhamos a certeza que este espaço marcaria a diferença na região. O projecto foi contestado e gerou polémica mas isso serviu para cimentar ideias e chegar à conclusão que este projecto, com estas características, seria uma referência nacional", sublinhou, adiantando que passaram pelo espaço cultural ilhavense 230 mil pessoas, em seis anos, "tivemos mais de mil acções e uma percentagem de ocupação de mais de 75 por cento. Isto atesta o sucesso do CCI. Sentimos que todos os artistas nacionais que cá veem actuar, partem com saudades devido as condições técnicas de que usufruem", disse. Para José Pina, director artístico, este dia festivo foi "importante". O Centro Cultural "traçou um caminho cultural relevante" na cidade. "Estamos orgulhosos pelo trabalho desenvolvido, a nossa missão cumpriu-se. Estamos sempre a formar públicos. Os resultados apresentados são óptimos. Em 2013 a taxa de ocupação foi excepcional. Foram mais de 135 acções realizadas aqui, não contabilizando as apresentações realizadas no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré. A dinâmica é fantástica", concluiu. |