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01-04-2003

Sismo agitou Anadia


Anadia

Anadia Simulacro de sismo na E.B 2/3 agitou Anadia Catarina Cerca A terra tremeu em Anadia, ao início da tarde da última quinta-feira, mas só na E.B 2/3 de Anadia. Na realidade, tratou-se de uma simulação de um sismo para testar o plano de segurança e evacuação daquele estabelecimento de ensino. Mesmo assim, as chamadas, para saber o que se estava a passar, caíram em catadupa no Quartel dos BVA. Uma iniciativa, que partiu daquele estabelecimento de ensino e foi desenvolvida em colaboração com os Bombeiros Voluntários de Anadia, GNR de Anadia, Protecção Civil, Delegada de Saúde, Hospital Distrital de Anadia e Centro de Saúde de Anadia. O alarme soou por volta das 15.20 horas e, de uma forma ordeira e pacífica, alunos (cerca de 600), várias dezenas de docentes e funcionários começaram a sair para o exterior dos pavilhões, concentrando-se no recinto de jogos. Poucos minutos depois, chegavam à EB 2/3 de Anadia as primeiras ambulâncias e a GNR que, durante todo o simulacro, coordenou o trânsito nas imediações da escola. Ao todo, cinco ambulâncias, uma viatura de desencarceramento, duas viaturas de combate a incêndios e cerca de duas dezenas de bombeiros não tiveram mão a medir para socorrer os feridos, alguns em estado grave, que se encontravam distribuídos por várias salas de aulas, transportando-os, de seguida, para as urgências do Hospital de Anadia. No entanto, os Voluntários de Anadia tiveram ainda que combater um pequeno incêndio que deflagrara na cozinha na consequência de um curto-circuito. Apesar da azáfama e da surpresa que constitui este “treino”, no final, Alexandra Gonçalves, docente do Grupo de Ciências e responsável pelo Plano de Segurança da escola, mostrava-se satisfeita com a forma como decorreu a simulação, avançando ainda para a necessidade de avançar, no próximo ano, com uma “simulação sem aviso prévio” e que, na realidade, apanhasse toda a comunidade escolar desprevenida. Contudo, não deixou de destacar o “muito que já tem sido feito em matéria de segurança”, tendo esta escola procedido, em anos anteriores, a outros tipos de simulações que ajudam a preparar alunos, professores e funcionários para situações de emergência e catástrofe. A iniciativa, que envolveu toda a comunidade escolar (mais de 715 indivíduos), permitiu, de acordo com o Comandante Dias Coimbra, dos Voluntários de Anadia, “analisar até que ponto os recursos materiais e humanos funcionam em situações de emergência” e “testar a capacidade de resposta de todos os agentes envolvidos”, já que o trabalho do dia a dia e solicitações normais dos vários agentes envolvidos se desenrolou em simultâneo e a par com a simulação. Por outro lado, esta simulação possibilitou ainda verificar o que funciona menos bem e que situações são necessárias corrigir. Os casos mais graves detectados, à primeira vista, foi a escada em caracol de acesso à biblioteca, onde se encontrava uma docente ferida com gravidade, que dificultou sobremaneira a actuação dos bombeiros e o estacionamento desordenado das viaturas no recinto exterior à escola, que acabou por dificultar a passagem das viaturas de socorro. No local esteve ainda presente a viatura da Escola Segura da GNR de Anadia e a Protecção Civil, nas pessoas do presidente da Câmara, Litério Marques e do vereador em permanência, Jorge Sampaio. Também no final, o autarca anadiense não deixou de sublinhar a importância da realização destas acções que ajudam “a manter a noção do alerta para qualquer eventualidade e ajudar as diversas entidades envolvidas a ter uma noção de como devem agir e do que pode acontecer.” Refira-se ainda que alguns estabelecimentos de ensino do concelho, ainda que esporadicamente, realização acções desta natureza, tal como já aconteceu com a E.B 2/3 de Vilarinho do Bairro e com a Escola Secundária de Anadia. No entanto, Dias Coimbra defende que “como os alunos e o corpo docente muda, deveriam realizar-se actualizações dos planos com mais frequência”. O ideal, na sua opinião, seria “desenvolver acções desta natureza todos os anos, o que não acontece na maioria das vezes, uma vez que mexe com muita coisa.” Depois, explicou aquele responsável, “a segurança ainda não é vista por muitos responsáveis e encarregados de educação como sendo uma prioridade e chegam a ver estas acções como umas brincadeiras”, já que as mesmas obrigam ainda à interrupção dos tempos lectivos envolvendo uma série de entidades. (24 Abr / 10:08)

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