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29-04-2014

“Identifiquei-me tanto, que escolhi Portugal como minha casa”



Diário de Aveiro: O Rock in Rio Lisboa comemora, este ano, o 10.º aniversário de presença em Portugal. Qual o balanço que faz das cinco edições do festival?
Roberta Medina: Nós estamos muito felizes. A chegada a Portugal foi um grande desafio para o Rock in Rio, porque estávamos a internacionalizar a marca pela primeira vez. Acreditávamos que podia ser um produto internacional, mas ainda não o tínhamos comprovado. E fomos muito bem recebidos pelo mercado e pelo público português que abraçou o festival como uma coisa sua. Na primeira edição fiquei com a dúvida: será que isto foi sorte ou deu certo mes­mo? E a segunda edição comprovou que o Rock in Rio tinha vindo para ficar. Dez anos depois, temos um balanço super-feliz de 1.700.000 pessoas que passaram pela “Cidade do Ro­ck”, fora os milhões de pessoas que vêm assistindo ao festival pela televisão, ouvindo pela rádio e acompanhando o desenvolvimento do projecto.
E entretanto passaram dez anos…
Sim, e penso que a cereja no topo do bolo para comemorar estes dez anos é o regresso dos Rolling Stones, no dia 29 de Maio. Mas também Robbie Williams, Justin Timberlake, Arcade Fire, Lorde... Acho que o cartaz deste ano é absolutamente imbatível. Mas não podemos deixar de olhar para trás e ver os shows espectaculares que temos vindo a ter com artistas internacionais, mas também com os concertos dos Xutos, que são sempre momentos de delírio para o público da Bela Vista. E tantos outros momentos únicos que aconteceram ali e que quem viu, viu. E quem não viu, não vê mais (risos). Por­tanto, nós temos, culturalmente, um legado grande de histórias e uma outra área importante que é a parte económica. Em 2008, a Universidade Católica de Lisboa fez um estudo e chegou ao número de 63 milhões de euros de impacto económico em Lisboa, por cada edição do Rock in Rio. E isso é extremamente positivo e uma das contrapartidas positivas da existência do festival em Portugal. Em cinco edições, estamos a falar de mais de 300 milhões de euros de impacto na economia portuguesa, o que me parece importante.


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