O presidente do Beira-Mar reafirmou, esta noite, o compromisso de promover a construção de infraestruturas, a recuperação financeira e patrimonial, a pacificação interna do clube e o desenvolvimento da base social.
Num discurso voltado para o futuro, António Cruz assumiu que tem um desafio gigante pela frente. “Ser do Beira-Mar é ser tudo. É um orgulho ser sobrinho-neto de um dos fundadores. Nunca me passou pela cabeça ser presidente mas foi em nome de um sonho que me candidatei. O sonho de ver os aveirenses de amarelo e negro vestido”.
A reconstrução é a aposta de uma lista que venceu as eleições do passado sábado. “Perderam-se estruturas importantes, o eclectismo foi sacrificado e o clube ficou mais frágil. Digo-o com a humildade de quem precisa de ajuda”.
Com uma lista maioritariamente composta por jovens, António Cruz diz que é importante pensar o presente e projectar o futuro. “Vamos tratar de recuperar o nosso clube. Pensamos que não há futuro sem uma visão estratégica que olhe para a vertente formadora e ecléctica. Queremos uma área desportiva com campos, pavilhão e piscinas. Pretendemos envolver parceiros locais no projecto”.
Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, desejou um bom mandato aos órgãos sociais antecipando um trabalho “transpirado” mas “apoiado”.
O autarca não deixou de fazer uma referência aos órgãos sociais que terminaram funções. “Uma palavra de agradecimento ao presidente Regala pela atitude disponível, séria e de cooperação. A toda a equipa agradecer o trabalho curto e intenso”.
Aos novos dirigentes, Ribau Esteves que se assumiu como adepto conquistado enquanto jovem aluno da Escola João Afonso, junto ao Mário Duarte, pediu “paz, verdade e enraizamento”.
“É importante que o clube encontre a sua paz, que seja verdadeiro com indivíduos e organizações e que procure mais gente que participe. Para ser mais forte e sólido, precisa de uma relação saudável com a SAD. Ambos precisam de viver como habitantes do mesmo prédio e é importante que tenham uma vivência saudável. Da câmara há o interesse em sermos parceiros saudáveis”.
A cerimónia fica marcada pela despedida de Artur Moreira que recordou tempos difíceis nos últimos anos e que raiaram o dramatismo fazendo votos para que os atuais dirigentes tenham condições para desenvolver um trabalho positivo. "Não ficaria bem se não deixasse esta referência à equipa de António Regala por tudo o que passou". |