A propósito da participação da APOMA (Associação de Produtores de Ovos Moles de Aveiro) na Fenadoce (Feira Nacional do Doce no Brasil, localizada em Pelotas), o secretário do Desenvolvimento Económico e Turístico daquela cidade do Sul do Brasil mostra que além do intercâmbio doceiro, há potencialidades que devem ser aproveitadas pelas duas cidades geminadas, para que daí resultem benefícios mútuos

Que frutos gostaria que surgissem da geminação entre Aveiro e Pelotas?
Este acordo de geminação de Pelotas com Aveiro já está firmado há algum tempo. No início do ano passado, tivemos a preocupação de ver o que conseguíamos fazer juntos e tirar mais proveito disso, para não ficar meramente protocolar, apenas nas intenções de intercâmbios culturais. Como secretário do Desenvolvimento Económico e Turismo, entendo bem a força que o turismo tem na economia. Por isso, desafiamo-nos a não valorizar apenas a parte cultural. O desafio é ir além do intercâmbio cultural das origens. Vamos manter isso, porque conta a nossa história, mas queremos ir buscar os factores económicos. Se é verdade que houve um ciclo da história em que herdámos a tradição doceira, o que vamos fazer com isso no momento actual? Este intercâmbio com a APOMA para nós é muito importante, porque podemos encontrar interessados aqui que importem esse produto e que o repassem ao mercado, que já tem a cultura de ir buscar os melhores doces portugueses a partir de Pelotas. Uma das nossas intenções é identificar que produtos existem em Aveiro, tanto na gastronomia como em outras áreas, para que possamos ter um retorno real do momento da história que estamos a viver. Por isso, acho que é muito importante a vinda da APOMA para o maior evento que representa Pelotas – a Fenadoce – que não só mostra a qualidade dos doces e a sua história, como a restante economia – tal como pudemos ver em Aveiro, na Feira de Março.