O ferry que faz a ligação entre São Jacinto e o Forte da Barra deverá retomar a ligação até final da semana mas o regresso à atividade não aconteceu no prazo previsto devido a uma exigência de última hora na inspeção que obrigou a embarcação a regressar a doca seca. Ribau Esteves admite que a operação será retomada nos próximos dias.

“Não está por horas mas por dias. O ferry tem tido um conjunto de situações que têm perturbado a reentrada em funcionamento. Vamos dar nota pública dessa circunstância e do dia em que voltará a operar. Foi um trabalho complexo que resulta de não ter existido um plano regular de manutenção. Quando vai a doca seca fazer manutenção e inspeções encontram-se surpresas na condição das máquinas. Quisemos cuidar de tudo para baixar a possibilidade de voltar a avariar”, explicou esta manhã o autarca de Aveiro.

Ribau Esteves admite que o regresso foi retardado devido a exigências de última hora decorrentes da última inspeção. “Estaremos por horas para ter informação definitiva e por dias para voltar a operar. Além da manutenção obrigatória fizemos investimentos complementares. Alguns surgiram de surpresa na manutenção normal e da inspeção da última sexta-feira”.

Com a extinção da Move Aveiro no horizonte e preparado para iniciar a tomada de decisões políticas, o autarca diz que as ligações fluviais fazem parte desse pacote que será apresentado em breve sobre o futuro dos transportes não confirmando a entrada de operadores turísticos nas rotas fluviais. “Estamos nos trabalhos finais dessa análise técnica para passarmos à decisão política. Procuramos a melhor solução e sustentável em termos técnicos e financeiros”.

Desfeita, por agora, está também a possibilidade de retomar as ligações diretas entre Aveiro e São Jacinto. “Não vale a pena complicar o que já é complexo. Se, hoje, fosse possível financeiramente, obviamente que as ligações não seriam ao Forte da Barra mas à sede de concelho. Este não é um tempo em que isso seja possível nem estará ao nosso alcance nos próximos anos pelo investimento necessário”.