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01-04-2003

Proposta de referendo vai ser «chumbada« pelo PSD


Ílhavo

Îlhavo/Centro Cultural Proposta de referendo vai ser «chumbada« pelo PSD A maioria social-democrata na Assembleia Municipal de Îlhavo vai reprovar hoje à noite uma proposta da oposição para realização de um referendo sobre a localização do futuro centro cultural da cidade. «Vamos funcionar como um bloco contra o referendo. A proposta surge extemporaneamente, com quatro anos de atraso, quando todas as decisões sobre o projecto já estão tomadas«, justificou o líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal, Flor Agostinho. Na Assembleia Municipal de Îlhavo, de 25 membros, o PSD tem 13 eleitos mais três presidentes de junta, contra seis do PS mais um presidente da Junta, um eleito do CDS-PP e outro da CDU. Flor Agostinho defende que o referendo local é «útil«, mas para definir «coisas mais substanciais« e, neste caso, «discute-se apenas um edifício«. A autarquia prevê a construção do Centro Cultural no espaço onde actualmente se encontra o Mercado Municipal, junto aos Paços do Concelho, mas a oposição contesta esta localização propondo que o equipamento seja erguido num terreno actualmente ocupado pelo antigo Colégio de Îlhavo, propriedade do Ministério da Educação. A posição de Flor Agostinho está em sintonia com a do presidente da Câmara, Ribau Esteves, que considera a opção social-democrata a melhor, «porque vai reabilitar uma zona altamente desqualificada«. Para o PS, principal partido da oposição, a «teimosia« da autarquia social-democrata é um «erro crasso«. O socialista João Bernardo defende que a área destinada ao futuro Centro Cultural se transforme numa zona pedonal, com áreas verdes e esplanadas, «que sirva para potenciar o comércio naquela zona«. Em sintonia com esta posição está António Pinho, do CDS- PP, considerando que o referendo traria «uma mais-valia à discussão, porque está em causa o espaço mais nobre do concelho«. O equipamento terá, além da valência cultural, uma área comercial e um parque de estacionamento subterrâneo, estimando-se o seu custo em oito milhões de euros (1,6 milhões de contos). O projecto foi encomendado a uma empresa de arquitectos do Porto que venceu o concurso de ideias realizado em Julho de 2000. Lusa (27 Mai / 16:15)

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