O aumento de impostos, a manutenção da austeridade e o "alinhamento" de PSD, PP e PS, são encarados pelo Secretário-Geral do PCP como a "manutenção das políticas seguidas nos últimos anos".

Jerónimo de Sousa esteve num 'convívio' em Aveiro (Eixo) para fazer um balanço aos anos da Troika e não poupou nas críticas ao Governo por colocar em causa direitos da população. Diz que o país "piorou".

"Foram três anos a andar para trás. Eles, quando assinaram o memorando de entendimento com a Troika, diziam que era uma ajuda externa para resolver o problema da dívida mas, não o resolveram, só agravaram a situação. A dívida aumentou e o défice manteve-se. A recessão continuada continuou", referiu, adiantando que "a banca teve ajuda de milhares de milhões para tapar os 'buracos' que resultaram da sua política especulativa. O Estado lá teve de ir ajudar a Banca. Nós consideramos isto um desastre. O país está pior. A Troika foi-se embora mas deixou aqui as más politicas até 2030", vincou.

O Secretário-Geral do PCP referiu-se, ainda, ao fecho dos Tribunais e de Escolas e manifestou solidariedade com os professores contratados que foram convocados para a prova de avaliação na semana passada sem margem para a convocação de uma greve “sabendo que um pré-aviso de greve teria de ser entregue com cinco dias de antecedência”.

Jerónimo de Sousa manifestou ainda confiança que "os professores, não podendo fazer greve no dia 22, saberão encontrar formas de combater esse acto covarde do Governo".