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20-08-2014

“Sempre tive fascínio pelo azeite”



O primeiro azeite “goumet” produzido na Bairrada tem a marca de Luísa Pato. Aos 35 anos de idade, esta engenheira de Gestão Industrial decidiu mudar de vida e aventurou-se na produção do “Quinta do Ribeirinho”. A estreia não podia ter sido melhor, vendendo a totalidade da produção para um restaurante belga com duas estrelas Michelin. Agora, Luísa Pato, para quem a terra “é como um SPA” - gosto este herdado do seu pai, Luís Pato, conhecido produtor de vinhos – já pensa em expandir a venda para países como o Brasil e Dubai, e fazer disto um modo de vida.

Diário de Aveiro: Iniciou-se o ano passado como produtora de azeite, na Bairrada, numa colheita a título experimental, bem sucedida. O que leva uma engenheira de gestão industrial, filha e irmã de dois nomes de prestígio na produção de vinhos, a dedicar-se ao azeite?
Luísa Pato: Formei-me efectivamente em Gestão Industrial e acabei por ir trabalhar para uma empresa, exercendo essas funções. A verdade é que não me revia no que fazia e em estar todo o dia fechada num gabinete. Sempre estive muito ligada à agricultura por razões familiares, à natureza, às árvores, e aos frutos. Para mim, estar perto da terra funciona como um SPA, é uma ligação que tenho que me conforta muito. E a realidade é que sempre tive um fascínio pelo azeite, juntamente com o meu marido, que sempre tivemos em mente a possibilidade de vir a produzir azeite. Estivemos a viver no Brasil durante seis meses e a verdade é que, durante este período, sempre senti falta do azeite com qualidade, porque sempre consumi azeite lá de casa, o azeite feito pelos meus avós e os meus pais para consumo próprio, que era feito a partir do aproveitamento das oliveiras que temos nas vinhas.


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