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01-04-2003

Eleições no PSD de Vagos


Vagos

Eleições no PSD de Vagos Rui Cruz lidera lista única Nas eleições para o PSD de Vagos, que tem lugar hoje, há já um vencedor antecipado: trata-se de Rui Cruz, que vai liderar a lista única apresentada a sufrágio. Eduardo Jaques Uma opção que curiosamente não é vista com bons olhos por alguns dos seus apoiantes, que “condenam” com veemência aquilo que consideram ser uma “mistura” demasiado perigosa, que pode pôr em risco a própria credibilidade dos social-democratas, a nível concelhio. “Gerir a Câmara não é bem a mesma coisa que fazer política”, declarou ao Jornal da Bairrada, um militante “laranja”, confessando que não gostaria de ver Rui Cruz a dedicar-se a “tempo inteiro” ao partido, em detrimento da gestão municipal. Até porque, acrescentou, o concelho “continua parado e precisa de medidas urgentes, e total disponibilidade por parte do executivo”. Mas não é isso que vai acontecer, garantem alguns dos militantes que fazem parte da lista liderada por Rui Cruz, considerando as “águas” vão ser, de facto, convenientemente separadas. “Uma coisa é a política, outra é a gestão camarária”, referiu o sucessor de João Rocha à frente da Concelhia, Rui Santos, que reconhece, na lista de que também faz parte, um apurado sentido de responsabilidade, de quem sabe estar na política “com dignidade e espírito de servir”. De referir que a corrida à presidência da Concelhia do PSD de Vagos, teve início muito antes das eleições para a Distrital, com o aparecimento de cinco candidaturas. Face à reeleição do presidente ilhavense, Ribau Esteves, nomes como Helena Marques, Pereira de Moura e Mário Castelhano, estes dois formalmente apoiados por João Rocha, que mantinha ligações de grande afinidade com a lista de Paulo Teixeira, e também Rui Santos, acabariam por ficar pelo caminho. Desistências alegadamente “programadas”, que fontes contactadas por este jornal, admitem ter servido não apenas para lançar o “jovem” Rui Cruz nas lides partidárias, como também (e principalmente), para “travar” a tentativa de “bipolarização”, que se adivinhava pudesse vir a acontecer no seio do PSD local. A típica “zanga de compadres”, entre João Rocha e alguns “históricos” (Licínio Ramos e Manuel Lancha), e o seu precipitado abandono da direcção da Concelhia, na sequência do veredicto do Colectivo de Juízes, que o condenou no “megaprocesso” de Vagos, terão deixado algumas fissuras no seio da Concelhia. Que nunca viriam a sarar completamente, nem mesmo com a vitória do PSD nas últimas eleições autárquicas. É o próprio Rui Cruz que o reconhece, ao confirmar, em declarações ao Jornal da Bairrada, que aceitou liderar este projecto para “tentar unir o partido”. Uma união “de facto”, cuja equipa integra alguns dos nomes que acompanharam o autarca vaguense em Dezembro último, como é o caso das presidentes de Junta de Freguesia se Santo André, Dulnínea Martins, e Fonte de Angeão, Helena Marques. (17 Jun / 13:52)

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