O Centro Hospitalar do Baixo Vouga diz estar a conseguir “reduzir significativamente” a sua despesa e nas contas do último triénio (2011/2014) anuncia poupanças elevadas, “graças a uma internalização de serviços”. Um cenário que a administração considera estar ligada à “otimização dos recursos internos” como gerador de “maior produtividade” mantendo “os mesmos serviços aos utentes”.
Os Hospitais de Águeda, Aveiro e Estarreja que estavam habituados a recorrer “constantemente a privados”, passaram a assumir muitas das tarefas otimizando recursos internos e aproveitando a “capacidade instalada”, uma “melhor gestão” e “organização”.
Com a limitação do recurso a outsourcing, apenas são contratados serviços em casos onde a capacidade interna “é ultrapassada”.
A poupança em três anos (2011-2014) é apresentada em forma de exemplo para os casos de patologia clínica que passou de 250 mil euros para 55 mil euros no SNS e de 819 mil para 187 mil com recurso a privados.
Outro exemplo chega da imagiologia que baixou os custos de operações de 21,8 mil para 9,3 mil no SNS e de 133 mil para 78 mil com recurso a privados. Na hematologia, a compra de sangue caiu de 1,24 milhões para 856 mil euros.
Em exames como endoscopias e colonoscopias, a fatura no SNS baixou de 13,8 mil euros para 1861 euros e de 123 mil para 31 mil com recursos a privados. As reduções no conjunto vão dos 31% aos 87%.
“Tendo em conta as regras instituídas para as unidades de saúde, esta reorganização permitiu uma diferenciação e diversificação que, privilegiando o funcionamento em rede com as outras unidades do SNS, aumentou a eficiência do CHBV e, consequentemente, também uma ainda maior fiabilidade dos seus resultados”. |