São mais de 40 os alunos beneficiados com equipamentos electrónicos para o ensino.

Jovens estudantes que integram o 5.º C e do 8.º A do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré receberam equipamentos no âmbito do projecto Edulabs. Foram entregues tablets aos alunos.

O projecto integra uma equipa da Universidade de Aveiro (UA) que o avalia e um consórcio 'e-Xample'. Foi financiado pelo QREN.

Lúcia Pombo, Professora no Departamento de Educação da Universidade de Aveiro, acompanha o seu desenvolvimento. Explica que a formação é das componentes mais importantes. "O equipamento tecnológico, por si só, não faz milagres", referiu, adiantando que "é enquadrado em termos metodológicos e pedagógicos. Só assim funcionará. Estamos a falar da metodologia denominada 'sala de aula invertida' onde se dá mais primazia ao estudante. Numa sala de aula tradicional o professor expõe matéria para o aluno ouvir, neste caso, é proposto um tópico de pesquisa, previamente, para trabalho de casa, e depois o professor terá mais tempo para trocar impressões e desenvolver o tópico, promovendo uma aprendizagem activa e autónoma", vincou.

Durante os próximos dois anos, dez Agrupamentos de Escolas em Portugal, num total de cerca de mil alunos, recebem tecnologias móveis no âmbito do projecto Edulabs.

Há notebooks do tipo Classmate, tablets ou híbridos. Os Edulabs são salas de aula com acesso à rede da Escola que assegura acesso à Internet também com acesso a Quadros Interativos.

"Não sei qual será o resultado final mas temos objectivos claros", sublinhou na cerimónia Eugénia Pinheiro, Directora Escolar. "Os jovens aprenderão bem, serão cidadãos bem preparados num futuro de 'banda larga'. Os nossos aliados são fundamentais. A Universidade dá apoio pedagógico, técnico e científico importante. O Centro de Formação de Professores promove a formação. É um desafio que urge. Acredito que os alunos aprenderão mais, haverá mais disciplina. Se isso acontecer estaremos todos mais felizes", disse.

Fernando Sousa, da empresa JP Sá Couto, fornecedora dos equipamentos, disse que "não nos preocupamos em 'despejar' tecnologia nas Escolas. Estão aqui reunidos todos os 'condimentos' para uma boa educação. Muitos anos após o Magalhães temos aqui outra dimensão do nosso projecto. Estes tablets apresentam outras soluções. Tablets existem em todo o lado mas, estes, são diferentes. Os alunos vão conseguir interagir melhor no processo de aquisição de conhecimentos. Os jovens serão mais colaborativos e 'focados'. Para a nossa empresa é importante exportar este modelo. Outros países estão a estudar o que nós estamos a fazer aqui. É um exemplo que catapulta uma iniciativa de Portugal", referiu.