O Posto Médico de Amoreira da Gândara está há cerca de três meses sem médico.
O anterior clínico reformou-se e, até à data, o Ministério da Saúde (MS) e a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) não colocaram nenhum substituto nesta unidade de saúde.
Assim, todos os utentes da localidade de Amoreira da Gândara e do vizinho lugar de Ancas (que aqui também recorriam, depois de ter sido encerrado o seu Posto Médico) estão sem médico de família, sendo obrigados a uma maior deslocação para a Extensão de Saúde de Sangalhos, onde muitas vezes não conseguem obter consultas nem receituários.
Uma situação que dizem ser “vergonhosa e lamentável”, responsabilizando a tutela “pela enorme insensibilidade e falta de respeito”, pelos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Duas localidades com a população extremamente envelhecida, muitos deles sem meios de transporte próprios ou apoio familiar de retaguarda que lhes possa valer. Aliás, algumas das pessoas com quem conversamos sobre esta questão sublinham a humildade e os muitos casos de pobreza que fazem com que os idosos deixem de tomar a medicação ou de ir ao médico porque as magras pensões não chegam para tudo.
No entanto, todos dizem que, de um dia para o outro, foram confrontados com a saída do médico e criticam as entidades superiores que, “sabendo que o médico se iria aposentar, não acautelaram a sua saída com a entrada de um outro médico para o seu lugar”.
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Catarina Cerca
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