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01-04-2003

Medicamentos contra colesterol reduzem risco de ataque cardíaco


Saúde

Saúde Medicamentos contra colesterol reduzem risco de ataque cardíaco O uso mais generalizado de certos medicamentos contra o colesterol poderá evitar milhares de mortes por ataque cardíaco por ano, segundo um estudo publicado hoje pela revista britânica «The Lancet«. Segundo o estudo, liderado por Rory Collins, da unidade de testes clínicos da Universidade de Oxford, as substâncias conhecidas como estatinas, que reduzem a concentração de colesterol de baixa densidade lipoproteica, o chamado colesterol «baixo«, também reduzem os níveis de gorduras triglicéridas. Estas gorduras contribuem para o aumento do risco de doenças coronárias. As estatinas induzem igualmente um aumento moderado do colesterol «bom«, de alta densidade lipoproteica, concluiu a investigação, durante a qual foram examinadas, ao longo de cinco anos, mais de 20.500 pessoas com idades compreendidas entre os 40 e os 80 anos consideradas como de alto risco de sofrer um ataque cardíaco. O projecto prestou especial atenção ao efeito das estatinas em pessoas sobre as quais não se tinha certeza de que iriam beneficiar do uso dos medicamentos. Entre estas, encontravam-se mulheres, pessoas com mais de setenta anos, diabéticos, indivíduos com problemas de trombose ou pessoas com risco de sofrer do coração mas que mostravam níveis normais ou baixos de colesterol. Durante os trabalhos, foi prescrita aos voluntários uma dose diária de 40 miligramas de um medicamento conhecido como simvastatina ou uma pastilha inócua. O tratamento com estatina reduziu em pelo menos num terço o risco de ataques cardíacos e de embolias, fazendo diminuir igualmente a necessidade de intervenções cirúrgicas e amputações. O risco de morte no grupo a que foi prescrita estatina teve uma redução de 18 por cento. Os cientistas descobriram igualmente que, pelo contrário, a administração de vitaminas antioxidantes não tinha nenhum efeito preventivo contra as doenças cardíacas. Segundo explicaram, «estes resultados descartam a possibilidade de uma redução efectiva no risco de ataques cardíacos, embolias, cancros ou outras doenças pelo uso durante cinco anos dessas vitaminas«. Lusa (5 Jul / 17:08)

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