Miguel Viegas, Deputado do PCP ao Parlamento Europeu, esteve, hoje, no Distrito tendo reunido com diversas organizações locais e regionais.

Durante a manhã, o Deputado comunista, acompanhado pelos eleitos na Assembleia Municipal da Mealhada, António Neves e Isabel Lemos e pela dirigente do Comité Central do PCP, Mafalda Guerreiro, esteve reunido, primeiro, com a Cooperativa Agrícola da Mealhada (Meagri) e posteriormente com a Adega Cooperativa da Mealhada. Ambas as reuniões "serviram para identificar, por um lado, as dificuldades e os estrangulamento do sector, e por outro as potencialidade existentes que poderiam e deveriam alavancar estratégias de desenvolvimento da região. Desta forma, em consequência de uma Política Agrícola Comum profundamente injusta e desajustada da realidade nacional e também por manifesta inoperância dos nossos sucessivos Governos, o sector agrícola da região atravessa hoje um período de grandes dificuldades". O encarecimento dos factores de produção, conjugados com a baixa dos preços pagos ao produtor, "decorrente de excessiva concentração da distribuição que suga autenticamente a quase totalidade do valor criado, tem levado ao abandono de muitos agricultores e à não renovação dos existentes".

"Mas se as dificuldades são muitas e evidentes, a verdade é que são imensas as potencialidades numa região com grande tradição num conjunto de produtos alimentares reconhecidos internacionalmente. O sector dos vinhos, do leitão ou ainda do pão, devidamente enquadrados por politizas de desenvolvimento locais e regiões, poderiam fixar populações e dar horizontes de futuro às novas gerações, hoje compelidas a emigrar por falta de alternativas", está escrito num comunicado de imprensa.

Da parte da tarde, a delegação esteve à porta do Hospital de Águeda onde contactou com a população e reuniu com a Comissão de Utentes. Esta acção "foi muito útil, servindo para denunciar as políticas deste Governo e desta União Europeia que visam acabar com o estado social e em particular com o serviço nacional de saúde. O Hospital de Águeda chegou a ser uma referencia nacional, prestando à população um serviço completo. Hoje o Hospital foi desmantelado de grande parte das suas valências, entre as quais o serviço de urgência, as análise clínicas, a maternidade e a pediatria apenas para citar os principais exemplos. E se hoje mantém a consulta aberta e se apresta a receber a cirurgia de ambulatório, isto deve ao esforço da Comissão de Utentes e à luta das populações". Neste sentido, Miguel Viegas "apelou à necessidade de continuar a luta e persistir, porque só lutando será possível inverter esta política de desastre nacional e abrir caminho a uma verdadeira alternativa patriótica e de esquerda".