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11-11-2014

“ADERAV não apoia tais medidas, nem compreende a intenção ou o fundamento do abate de árvores”.


A Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro assume oposição ao abate indiscriminado de ...

A Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro assume oposição ao abate indiscriminado de árvores em Aveiro e diz que é tempo da autarquia encontrar soluções que não passem apenas pelo abate.

Em nota pública divulgada esta terça, a ADERAV solicita a suspensão da medida, “salvaguardando os casos de patologias e segurança de pessoas e bens”, e propõe a realização de “um debate público” sobre os atuais planos de abate com o envolvimento de alunos e professores.

É a reação à manutenção dos planos de abate de árvores em vários pontos da cidade, nomeadamente na avenida 25 de Abril, onde estão localizados duas Escolas Secundárias. Depois do anuncio da Câmara de Aveiro, que prepara o abate de mais 200 árvores que estarão em risco e que destroem passeios, a associação questiona critérios e falta de alternativas.

“A ADERAV não apoia tais medidas, nem compreende a intenção ou o fundamento das mesmas, sendo que hoje em dia um bom cirurgião de árvores consegue evitar qualquer perigo de queda ou de dano ao património edificado, sem sacrificar todos os valores associados a presença das árvores”.

Salientando as virtudes para o ambiente da cidade e a capacidade que uma árvore mais antiga tem se comparado com espécies jovens, a associação admite que hoje o restauro ou a reabilitação ainda estão longe de salvaguardar o património cultural.

“Efetivamente, se a reabilitação e restauro de um edifício histórico, efetuada por técnicos especializados para o efeito, já é considerado normal, para o património natural ainda não temos esta cultura. A curto prazo teremos que reverter essa realidade, sob pena de termos um rarear do verde, que em última instância afetará a nós próprios”.


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