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01-04-2003

Excelente para a Banda do Troviscal


Troviscal

Festival Europeu de Bandas Filarmónicas Classificação excelente para a Banda do Troviscal Américo Fernandes Embora já com algum atraso, vimos escrever alguma coisa sobre o sucesso que foi a Banda de Música União Filarmónica do Troviscal (U.F.T.), no Festival Europeu de Bandas Filarmónicas, pois achamos que, pelo valor que tem este certame e pela postura e qualidade da embaixada do Troviscal, que tão bem representou o concelho de Oliveira do Bairro, a Bairrada e o país, se deve dar conhecimento, ainda que resumidamente, do que se passou neste evento internacional. UFT sempre excelente Na cidade de Purmerende, que fica situada a cerca de 30 km de Amsterdão, Holanda, realiza-se, de quatro e quatro anos, um festival de bandas de música, cujas características principais se prendem com o facto de serem compostas por elementos jovens, mas que tenham qualidade. É o Festival de Bandas Jovens Purmerade. Este ano, o evento decorreu entre os dias 22 e 30 de Julho, em que participaram 32 bandas, de países como Holanda, que, como é óbvio, apresentou doze, Rússia, Alemanha, Hungria, Irlanda, Itália, República Checa, Escócia, Bélgica, Suiça e Letónia. Umas actuaram ao ar livre e no teatro, outras, só no teatro, como foi o caso (UFT). Havia concertos a todas as horas do dia até às 24, mas a classificação era feita por um júri no teatro, onde a banda bairradina actuou duas vezes, uma no dia 23 e outra no dia 24. Essas actuações foram realmente o ponto alto do festival, pois os nossos bairradinos brilharam a grande altura, com um concerto memorável no primeiro dia, em que apresentaram ao júri e ao imenso público, que enchia por completo o magnífico teatro da cidade: Suite nº 1, de Jorge Salgueiro - peça obrigatória. Fiefoerniek, de Hardy Mertens, autor holandês - peça obrigatória. Carnaval de Venesa, Concerto para Trompete e Orquestra, de de J. Arban, - o solista foi Luis Filipe Granjo. Quem já conhece a arte destes executantes maravilhosos (em número de 62) não vai admirar-se o que escreveram, a propósito, os elementos do júri: Início magnífico na qualidade do som; execução magnífica na técnica - opinião de membro do júri, Hans van der Heide; encantadora abertura, excelente equilíbro em todos as secções da peça e da orquestra, excelente articulação, especialmente no segundo momento, todos os andamentos correctos, - são afirmações de outro elemento, Danny Carrol. Já o terceiro, Bob Goorhuis, mencionou no seu relatório: sonoridade brilhante nos metais, excelente na técnica, figuras rítmicas bem definidas. Impressão geral dos três elementos do júri, excelente. Em face disso, a Banda e Luís Filipe foram aplaudidos em delírio e de pé por aquele público conhecedor da arte que não se cansou de elogiar a banda bairradina, não só nestas obras, mas também nas outras. No segundo concerto, o maestro André Granjo escolheu um programa que, ao ser interpretado, conquistou novamente o público, que não regateou aplausos, bem como o júri nas suas apreciações. Um dos elementos, músico militar da Banda Real, até manifestou que “sentiu inveja” do nosso solista de trompete. Aqui também deixamos as apreciações e a classificação feita pelo júri de duas obras que não são classificadas por pontos, mas sim com a palavra excelente que indica os melhores. Hans van der Heide: uma sonoridade quente em todos os registos; que execução a do solo do Carnaval de Veneza; apresentação geral, soberba; Danny Carrol: programa encantador, bem construído e variado; trata-se de um óptimo agrupamento musical; maravilhoso solo de trompete; fiquei impressionadíssimo com o agrupamento; Bob Goorhuis: boa qualidade do programa escolhido; óptimo trompete com uma técnica fabulosa e grande sensibilidade musical; apresentação quase profissional e muito divertida nas peças livres; fantástico! Classificação qualitativa geral “excelente”. Prémios Para os solistas que foram apreciados pelo júri em outro local, em sessões especiais para o efeito, a classificação já era por pontos. Os que atingiam 80/90 pontos, obtinham um primeiro prémio. Os que ultrapassavam aquela fasquia recebiam o primeiro prémio com distinção. Dos solistas do Troviscal foram classificados para o primeiro prémio, Patrícia Oliveira, na flauta e Luisa Marques em clarinete. Por sua vez, Luis Filipe em trompete e Henrique Daniel em saxofone, conquistaram o primeiro prémio com distinção. Não há dúvida que esta juventude mostrou aos outros países que na música temos também executantes de muito valor e, quando isto acontece em terra estranha, sentimos orgulho e uma pontinha de vaidade em sermos portugueses. Só por serem compostas por jovens estas bandas, isso é motivo suficiente para gostarmos de todas, perdoando até àquela banda escocesa, composta por gente muito jovem, a desafinação de tantos violinos, oboés, flautas e clarinetes, porque, afinal, eram muitas crianças que ainda não têm idade para conseguir boa afinação e que faziam um concerto ao ar livre, junto da igreja. A contrário, vimos também actuações de uma boa banda alemã, uma suiça e outra húngara, que também mostraram muita clase, porém a de Troviscal ficou na frente. (19 Jul / 15:52)

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