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25-02-2015

Presidente da República destaca “marca diferenciadora” do município anadiense



Naquela que foi a sua primeira visita ao Centro de Alto Rendimento (CAR) – Velódromo Nacional de Sangalhos, o Presidente da República reconheceu naquela infraestrutura a ousadia da Câmara Municipal ao dar corpo a este equipamento único no país. “Foi uma ousadia da Câmara Municipal de Anadia criar uma marca diferenciadora em relação aos outros municípios vizinhos, apoiada no desporto”, diria. Foi no passado dia 18, depois de presidir à inauguração do Centro Escolar de Sangalhos, localizado nas imediações do CAR.

Numa visita às instalações do Velódromo, Aníbal Cavaco Silva assistiu à exibição de atletas de várias modalidades que aqui têm as suas federações instaladas (judo, esgrima, ciclismo e ginástica, trampolins e desportos acrobáticos).
Num evento onde não faltaram os judocas Telma Monteiro e Nuno Delgado, a ginasta Filipa Martins, o ciclista Ivo Oliveira e os atletas de trampolins, Ana Rente e Diogo Ganchinho, o presidente da República não deixou de sublinhar que os atletas nacionais, nomeadamente os de alta competição, devem ser um exemplo para os portugueses na superação de dificuldades: “os nossos campeões são um exemplo de superação de dificuldades” e devem inspirar os portugueses no esforço desenvolvido, para consolidar uma nova fase da economia portuguesa. Referindo-se ao crescimento económico que começou em 2014, ao crescimento do emprego e à redução de alguns desequilíbrio (externo e das contas públicas), Cavaco Silva reafirmou que só todos juntos podem contribuir para que o país “entre numa fase de maior coesão e justiça social, para o benefício de todos”, afirmou.
Na ocasião, destacou ainda a capacidade que o município tem ao nível do setor vitivinícola, sendo também um município com forte tradição no turismo de saúde (termalismo), a que se junta agora o turismo de desporto, “complementaridade que Anadia consegue oferecer”, e que permite criar um desenvolvimento sustentável.

Antes, o presidente da República esteve no Centro Escolar de Sangalhos, onde presidiu à inauguração daquele novo equipamento. E referindo-se ao mesmo, destacou “o momento de alegria para todos” e a importância que ele representa para pais e alunos, já que se trata de um equipamento de qualidade que proporciona condições para um melhor aproveitamento escolar. Felicitando a autarquia anadiense pela aposta feita na Educação, que considera ser um “desígnio nacional que deve todos unir”, Cavaco Silva sublinhou o facto destes novos centros escolares proporcionarem melhores condições de aprendizagem.

Em dia de festa e de visita presidencial, a autarca Teresa Cardoso não deixou de tecer algumas críticas e deixar alguns recados ao poder central, não só em relação à Educação, como também em relação a outras áreas estratégicas para o desenvolvimento do município.

E se a renovação do parque escolar desenhada na carta educativa foi possível graças à comparticipação pelos fundos comunitários (permitiram a construção de quatro centros escolares: Anadia, Paredes do Bairro, Avelãs de Cima/Avelãs de Caminho e Sangalhos), rondando o investimento total cerca de nove milhões de euros, a edil anadiense não deixou de se referir ao facto do município ter disponibilizado ao Estado cerca de 42.600m2 de terreno para a construção da nova Escola Básica e Secundária de Anadia, mostrando-se preocupada em relação ao registo desses mesmos terrenos. Tudo porque já passaram alguns anos, estando agora em causa a permuta com os imóveis das escolas que consequentemente encerrarão.
Um acordo verbal, que não passou ainda para o papel, temendo a autarca que estes edifícios devolutos, não sendo entregues à autarquia, “corram o risco de serem esquecidos, abandonados e eventualmente vandalizados, acentuando a degradação que hoje os mina”.
Debruçando-se também sobre a descentralização de competências, avançou que o atual Estado central apressa-se a descentralizar setores cruciais, “reconhecendo a capacidade da Administração Local” mas não acautelando que essa repartição das responsabilidades seja acompanhada da necessária garantia dos recursos financeiros inerentes e adequados à boa prestação dos serviços em causa.
Catarina Cerca
Leia a reportagem completa na edição de 26/02/2015 do Jornal da Bairrada


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