A greve de 24 horas, por “aumentos salariais e pelo fim dos contratos de trabalho precário”, que terminou às 6 horas de hoje, na Renault de Cacia (Aveiro), “afectou” a produção – a fábrica “praticamente pouco ou nada laborou”, segundo disse, ontem, ao Diário de Aveiro, Ricardo Oliveira, em nome da Administração da empresa, que se mantém aberta a negociar.
Convocada pela União de Sindicatos de Aveiro/CGTP, que aponta para uma adesão à paralisação na ordem dos 95 por cento (1.016 trabalhadores), a greve foi a única solução após negociações com a Administração da empresa de Cacia.
“Não queríamos fazer greve, mas chegámos a um limite”, disse, ontem, ao Diário de Aveiro, Manuel Chaves, da Comissão de Trabalhadores (CT), enquanto incentivava o grupo que se concentrou à porta da empresa, com cartazes, na hora da mudança do turno do início da tarde.
Segundo aquele elemento da CT, o impasse é de 13 euros no aumento salarial. Enquanto os trabalhadores propõem um aumento salarial de 25 euros, a Administração propõe 12 euros, quando a empresa regista “lucros históricos”. Quanto ao “trabalho precário”, a CT denuncia a existência de trabalhadores temporários, “sem estabilidade”, convocados para trabalhar durante 15 dias.
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