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17-04-2015

“Energia e emoção são as palavras que resumem melhor este espectáculo”



“Viemos com o peso do passado e da semente/ Esperar tantos anos torna tudo mais urgente/ e a sede de uma espera só se estanca na torrente”. Estarreja não espera mais. É já amanhã que Sérgio Godinho volta a subir ao palco do Cine-Teatro, desta feita para apresentar o seu espectáculo “Liberdade”. Apresentado pela primeira vez em Abril do ano passado, o concerto que partilha o nome com a canção cujos primeiros versos iniciam estas linhas, tem corrido o país a exaltar os valores da revolução. Mas traz muito mais consigo. Traz uma explosão de emoções que promete fazer com que o público saia do concerto “contente”, conforme confidencia o cantautor, numa entrevista via telefone, com Diário de Aveiro.

Diário de Aveiro: Anda a apresentar esta “Liberdade” há mais de um ano. Que espectáculo é este?
Sérgio Godinho: O espectáculo que originou o concerto aconteceu no [Teatro] S. Luís, onde estive três dias, e que serviu para assinalar os 40 anos do 25 de Abril. Desde logo, escolhi o título “Liberdade” para o meu concerto porque essa é uma das palavras mais importantes no meu vocabulário íntimo e pessoal. Eu tenho, em várias canções, a noção de liberdade e a necessidade de ter de se lutar por ela. Inclusivamente, tenho uma canção chamada “Liberdade”, em que digo que a liberdade só existe se for encarnada numa série de valores sociais. E este espectáculo foi construído para depois continuar com os cinco músicos que tocam comigo já há muito tempo – eu diria que este núcleo duro é a culinária que está no ponto (risos) -, e é um espectáculo de canções muito díspares, mas que têm a minha autoria – além de duas músicas de Zeca [Afonso]. Eu sempre escrevi coisas de teor bastante diferente. A minha paleta é muito variada e isso pode ver-se neste concerto.


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