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30-09-2015

Anadia: Remodelação e ampliação da parte operacional do quartel custa 718 mil euros



 

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Anadia (AHBVA) quer avançar com obras de remodelação e ampliação do quartel. Uma obra orçada em 718 mil euros e objeto de candidatura ao Portugal 2020. A associação terá de suportar 87 mil euros, caso consiga ter a candidatura financiada a 85% (máximo).
Com a solução da construção de um novo quartel cada vez mais longe, a AHBVA está agora empenhada em levar a cabo obras de remodelação e ampliação do quartel.

Obra prioritária. A urgência desta beneficiação prende-se com a necessidade de melhorar toda a parte operacional, tendo em vista dotar o quartel de melhores condições para os bombeiros, adequando esta infraestrutura às exigências atuais.
Embora a obra não contemple a parte administrativa e social, a parte operacional será toda remodelada.
A candidatura aos fundos comunitários foi apresentada no passado dia 18 de setembro e, agora, em conferência de imprensa, Mário Teixeira e José Cruz, respetivamente presidente e vice-presidente da direção, confessaram que a candidatura foi o culminar de todo um processo iniciado há cinco meses, aquando da tomada de posse da nova direção.
Um processo longo e complexo cujo projeto teve de receber parecer favorável da ANPC (Autoridade Nacional de Proteção Civil) para então depois poder avançar.
“Fez-se um projeto muito completo. Contactámos equipas de projetistas, escolhemos e adjudicámos a melhor solução”, revelou José Cruz, desde a primeira hora a liderar este processo. “O projeto foi aprovado na direção e apresentado a todos os bombeiros, num processo o mais transversal possível a todos, colhendo propostas dos bombeiros, ouvindo todos”, acrescentou.

Apoio da Câmara Municipal. Na ocasião, Mário Teixeira não deixou de sublinhar a pronta colaboração e recetividade por parte da Câmara Municipal de Anadia e da sua presidente, Teresa Cardoso. “Foi excecional, disponibilizando os serviços técnicos que nos ajudaram muito.”
“O nosso projeto foi submetido com sucesso, muito completo, não faltando um único documento”, avançou José Cruz, reconhecendo que a carta de conforto da presidente de Câmara “é uma grande ajuda porque era necessário mostrar a maturidade do projeto e que a associação tinha verbas para suportar a parte não financiada”.

Instalações para mais 40 anos. O projeto vai, segundo Mário Teixeira, permitir que “fiquemos com o quartel como novo”, ou seja, “com instalações para mais 40 anos”, assim como tem a vantagem de “continuar no centro da cidade, próximo das populações, ao mesmo tempo que se reabilite este enorme edifício”.
“São obras que acompanham aquilo que hoje é feito de melhor, a nível nacional, em quartéis construídos de raiz”, dotando a parte operacional de mais qualidade, melhor funcionalidade e resposta mais rápida.
A obra, se o projeto for aprovado, inicia-se em dezembro de 2015 ou janeiro de 2016 e terá um prazo de execução de 11 meses.
Acrescente-se que à ANPC foram apresentados, a nível nacional, 81 projetos, tendo 46 deles recebido parecer positivo por parte daquele organismo.
O Portugal 2020 disponibiliza um bolo de 3 milhões de euros, a nível nacional, destinado apenas a obras de remodelação em setores operacionais.
“Quero acreditar que a candidatura apresentada seja aprovada, pelo cuidado que houve na sua elaboração e apresentação, respeitando todas as exigências”, conclui Mário Teixeira.

Vereação defende obra. Acrescente-se que na última reunião do executivo anadiense, a edil Teresa Cardoso sublinhou o empenho, dedicação e espírito de voluntariado dos técnicos da autarquia, no apoio à realização da candidatura apresentada pela AHBVA.
Aos seus pares explicou que um dos requisitos para a candidatura era a justificação das verbas a suportar, fontes de financiamento, tendo, por isso elaborado uma carta de conforto (ver caixa), manifestando a disponibilidade da Câmara no apoio a esta obra.
Na ocasião, José Manuel Ribeiro, vereador do PSD, congratulou-se com a seriedade e transparência da edil ao trazer para cima da mesa este tema.
Catarina Cerca
catarina.i.cerca@jb.pt


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