Está aí a quinta edição da Festa da Primavera. Uma iniciativa que vem sendo realizada pelo Núcleo de Anadia da AMI e que este ano acontece no próximo dia 9 de abril, uma vez mais no Cineteatro de Anadia, pelas 21h30.
Adivinha-se, portanto, um espetáculo inesquecível, dada a presença em palco de diferentes formas de expressão artística, entre elas Tocares e Cantares Populares, Dança, Teatro, Música, Gospel e muito mais.
Uma iniciativa solidária que visa angariar fundos para as atividades que a AMI vai desenvolvendo.
Ema Almeida, responsável do Núcleo de Anadia da AMI, faz um balanço muito positivo das anteriores edições da Festa da Primavera. Um evento que esgota por completo o Cineteatro, tanto mais que o público não poupa elogios ao espetáculo.
Depois de um interregno de um ano (em 2015 não houve Festa da Primavera) o interesse dos anadienses por este espetáculo tem sido grande, o que demonstra que tem sido muito bem aceite e acarinhado por todos.
“Sem público não se faz a festa e é reconfortante, para quem organiza um espetáculo, ter a casa cheia. Todo o trabalho, todo o sacrifício, todo o stress valem a pena para proporcionar uma noite diferente à nossa comunidade”, revela a responsável, recordando que esta iniciativa nasceu da necessidade do Núcleo precisar, anualmente, de realizar um evento que simbolizasse “a marca do Núcleo da AMI de Anadia”. Um dos objetivos da realização desta festa é, como é óbvio, a angariação de fundos mas não só. Este Núcleo da AMI pretende também manter viva a cultura local e dar a conhecer todo o trabalho realizado por pessoas muito empenhadas, que merecem ser conhecidas e aplaudidas.
Na presente edição, o público pode contar com um espetáculo variado, que terá a participação solidária dum grande elenco: InCantus – tocares e cantares de Avelãs de Cima, Baluarte, Escola de Bailado de Anadia, a linda voz de Ana Teresa Almeida, Orquestra Desigual da Bairrada, Coimbra Gospel Choir e Grémio Recreativo Escola de Samba Batuque da Mealhada.
“É impossível ficar em casa”, conclui Ema Almeida, destacando ainda “os voluntário não poupam esforços para poder satisfazer algumas necessidades dos que recorrem à nossa instituição ou são sinalizados por alguém”.
Com ação diversificada, Ema Almeida avança que muito do trabalho do Núcleo é feito através da dádiva de roupa (de vestir e de casa), calçado e mobiliário, distribuindo ainda o Núcleo, todos os anos, pelo Natal, cabazes de alimentos nas freguesias do concelho. Contudo, este grupo procura ainda agir ao nível ambiental, procurando proteger o ambiente reciclando papel, cartão, radiografias e tinteiros; promovemos a saúde e a educação; estando ao serviço da comunidade.
“Um caminho árduo mas gratificante”, diz, admitindo ser a maior dificuldade a angariação de fundos para custear despesas inerentes, por exemplo, aos cabazes de Natal. “Para isso temos de realizar eventos, que exigem muito trabalho e que, nos tempos que correm, podem ter ou não sucesso.”
O Núcleo de Anadia da AMI é atualmente composto por 11 voluntários. Um número que diz ser “razoável”, ainda que o tempo disponível para o voluntariado não o seja. “É muito difícil organizar tarefas quando não há tempo para as executar. Bom seria atrair os jovens para o voluntariado mas, esses não podem, estão a estudar e muitos longe de casa”, lamenta ainda, concluindo que “o voluntariado é um ato de amor, tem de ser o coração a ditá-lo, não o podemos impôr a ninguém. Quem aceita ser voluntário assume a responsabilidade do cumprimento das regras que ele exige, pois não se é voluntário só quando apetece ou porque está na moda”.
“Há uns meses apelámos à prática do voluntariado e convidámos a inscreverem-se no Núcleo da AMI, mas não tivemos qualquer retorno”, afiança Ema Almeida.
Catarina Cerca
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