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01-04-2003

Na missão que melhor sabe


II Divisão B

Estratégia deu frutos BENFICA CASTELO BRANCO, 2 - OLIVEIRA DO BAIRRO, 4 Na missão que melhor sabe Manuel Zappa Estádio Municipal de Castelo Branco. Vítor Henriques. Auxiliares: Laurindo Cordeiro e Vítor Fonseca. Equipa do CA da AF Coimbra. BENFICA CASTELO BRANCO - Valezim; Filipe Fernandes (Telmo, 46m), Chico Lopes, Nandinho e Marinho; Tito, Betinho (Ousmane, 46m), Bruno Matos e Cristophe; Élio (Bruno Nogueira, 81m) e Vítor Firmino. Treinador: Quim Manuel. OLIVEIRA DO BAIRRO - Mário Júlio (3); Paulo Costa (4), Hernâni (4), Rui Costa (4) e Vitinha (3); Pedro Paula (3), Tó Miguel (4) Alexis (2) e Pazito I (3); Jorgito (4) e Miguel Tomás (4). Substituições: Aos 46m, Alexis por Óscar Romero (2); 61m, Pedro Paula por Mário João (2), 90m, Pazito I por Alves (-). Treinador: Hassan Ajenoui. Ao intervalo: 2-3 Marcadores: Élio (9m), Jorgito (29 e 31m), Paulo Costa (45m), Tito (45m) e Pazito I (61m). Disciplina: cartão amarelo a Cristophe (3m), Alexis (31m), Pedro Paula (38m), Tito (59m), Élio (64m), Bruno Matos (73 e 90m) e Vitinha (85m). Vermelho, por acumulação de amarelos, a Bruno Matos (90m). Estatística 12 Faltas 22 8 Remates 7 10 Cantos 2 1 Livres perigosos 0 1 Foras-de-jogo 9 Um ano depois, o Oliveira do Bairro voltou a vencer em Castelo Branco. Também como há um ano, o contra-ataque revelou-se de extrema importância no materializar da vitória. Dois golos, no espaço de dois minutos, autênticas fotocópias, foram determinantes na reviravolta do marcador, num final de primeira parte de grande emoção, com dois golos em período de descontos, um para cada lado. No segundo tempo, com o quarto golo dos bairradinos, o Benfica de Castelo Branco revelou uma inépcia confrangedora em todos os capítulos, tendo o seu adversário controlado, diga-se a seu belo prazer, a vantagem adquirida. O jogo não começou nada bem para o Oliveira do Bairro, revelando muita apatia na abordagem que fez ao jogo. Resultado: os albicastrenses, com um futebol prático e objectivo, aliado à velocidade que colocou aos seus movimentos ofensivos e jogando a toda a largura do campo, logo aos 9 minutos, chegou com todo o mérito ao golo, com Élio a ganhar um ressalto, rematando sem oposição e com Mário Júlio a limitar-se a ver a bola a entrar na sua baliza. Animados com o golo, os locais continuaram a desenvolver um futebol muito interessante, aproveitando algumas facilidades concedidas à entrada da área pela defesa contrária, só que o seu domínio durou pouco mais de um quarto de hora. O jogo entrou, então, numa fase em que de futebol nada teve. Muitos passes errados, charutos e mais charutos para o ar e zero de discernimento. Foi mais ou menos dentro deste período que o Oliveira do Bairro chegou ao empate, que acabou por transformar o jogo. O seu meio campo exerceu forte pressão sobre a defesa e Miguel Tomás isolou Jorgito, que não perdoou. Volvidos dois minutos, os mesmos protagonistas e logo golo, a radiografia do primeiro. Em primeira instância, apetece dizer que a sorte caiu do céu, contudo os golos nascem dos erros e, nesta matéria, a defesa local, que já antes vinha dando sinais de alguma fragilidade, estendeu a passadeira vermelha para as entradas de Jorgito. O Benfica e Castelo Branco acusou, e de que maneira, o golo, não mais se encontrando. A equipa ficou espartilhada entre sectores e sem força anímica, o que deu azo ao Oliveira do Bairro o controle do jogo e a obtenção de mais um golo. Tudo aconteceu num lance de contra-ataque, iniciado por Pazito, que serviu Jorgito e este por sua vez Paulo Costa que, vindo detrás, não deu hipóteses de defesa a Valezim. Um golo e uma vantagem providencial, tanto mais que se jogava o tempo de compensação para o intervalo, mas que não teve o efeito total, tudo porque, no mesmo período, Tito rematou de fora da área para o segundo golo. A exemplo do primeiro, Mário Júlio ficou pregado ao relvado, não esboçou qualquer defesa, parecendo-nos mal batido. Era natural uma forte reacção dos encarnados no início do segundo tempo, consubstanciada com as alterações efectuadas pelo seu treinador. Assim foi, mas sempre com um futebol previsível, cuja aposta passou pelo jogo aéreo e para a cabeça de Ousmane, tentando soluções na sua elevada estatura. Como nada disto deu certo, aos 61 minutos, na sequência de um livre de Paulo Costa, Pazito, com a colaboração de Cristophe, elevou a contagem, o que deu outro elan ao Oliveira do Bairro encarar com outra tranquilidade o que restava da partida, e era muito. E conseguiu no pleno das suas faculdades tal desiderato. É que o quarto golo foi mordaz para o Castelo Branco. A equipa mostrou-se sempre incapaz de fazer algo de positivo, sem fio de jogo, muita cerimónia no remate, limitando-se a despejar bolas para dentro da área sem qualquer convicção. O Oliveira do Bairro controlou, a seu belo prazer, todas as suas iniciativas e, quando a conjectura lhe foi favorável, não deixou de apostar no contra-ataque, com Oscar Romero, em duas situações, a desperdiçar o avolumar do resultado. Boa arbitragem. Discurso Directo Quim Manuel, treinador do Benfica Castelo Branco: “Adversário mereceu” Apesar de termos começado bem o jogo e marcado um golo, não conseguimos manter o ritmo devido à equipa adversária, cuja estratégia rendeu a cem por cento. Sentimos grandes dificuldades, o Oliveira do Bairro jogou a seu belo prazer e mereceu ganhar. Hassan Ajenoui, treinador do Oliveira do Bairro: “Próximo da minha filosofia” Antes demais estávamos a precisar desta vitória, que foi conseguida pelo conhecimento que tinha do adversário, pois vi-os jogar contra o Feirense. A minha equipa encaixou-se muito bem tacticamente e mesmo sofrendo cedo o golo não fiquei preocupado. É que os jogadores estão mais próximos da filosofia e modelo que preconizo, como a defesa em bloco, pressão individual e o contra-ataque. A Figura – Jorgito No sítio certo Goste-se ou não do seu jeito desengonçado, o que é certo é que tem sido uma espécie de arma secreta. Foi assim contra o Esmoriz, na vitória diante do Gafanha, agora em Castelo Branco. A maior parte do tempo parece alheado do jogo, pouco interventivo e incapaz de produzir algo de positivo para o colectivo. Contra o Benfica, Jorg(olo)ito, teve o mérito de estar no sítio certo para dar seguimento às demarcações de Miguel Tomás, tendo ainda tido parte activa no terceiro golo da equipa. A melhor exibição desde que enverga a camisola do Oliveira do Bairro. (29 Out / 10:41)

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