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01-04-2003

Encerrou Bodas de Prata com chave de ouro


Águeda

EEE - Nova Borralha - Águeda Encerrou Bodas de Prata com chave de ouro Armor Pires Mota A Empresa de Equipamento Eléctrico (EEE) sediada na Nova Borralha encerrou as comemorações dos 25 anos da fundação com um grande espectáculo de índole cultural, que decorreu, no último sábado, no Cine Teatro de S. Pedro, aberto à comunidade, ainda que a família Três EEE tenha estado ali em peso. A casa esteve cheia e as pessoas só arredaram pé, rente à meia hora da madrugada de domingo. Reduzidas pelo som e pela cor. “ASSIM SE FAZ ÁGUEDA” Segundo o apresentador do sarau, Carlos Marques, do sector administrativo da empresa, mostrando assim polivalência, no dizer do sócio administrador Mendes da Paz, esta era a melhor “forma de encerrar as comemorações”, presenteando o público com o melhor que há em Águeda. Efectivamente, a empresa conseguiu juntar na mesma festa colectividades tão diferentes no modo de preservar e fazer cultura, mas todas convergindo para o mesmo fito, como Orfeão de Águeda, Cancioneiro de Águeda, Orquestra Filarmónica 12 de Abril, de Travassô, e o cantor aguedense Alcindo Antunes. Mendes da Paz estava tão satisfeito e feliz que, em dado momento, em cima do palco, das muitas vezes que lá subiu para entregar lembranças aos maestros ou dirigentes destas colectividades, afirmou, sem rebuço: “é com isto que se faz Águeda, se faz o país, se faz o mundo”, culturalmente falando. Efectivamente, o empenho e qualidade subiram ao palco e hiptnotizaram a assistência que não regateou nunca os aplausos. O MELHOR DE ÁGUEDA Iniciou o espectáculo o Orfeão de Águeda com “canção da Vindima” e fechou com a bem humorada “pinga com limão”. Pelo meio “As Lavadeiras do Rio de Águeda” lembrando: “bate, lavadeira, bate / As nossas cantigas não têm remate”, sempre dirigidas por Sérgio Brito. António Brito só regeu a “Balada de Outono”, um tema de Zeca Afonso. Vertendo ali a alma do povo, tal como o Orfeão, noutra escala e de outro jeito, o Cancioneiro de Águeda cantou e dançou “Real Caninha”, “Vira de Macieira”, “O Ti Otirititi”, que alguns folclorista consideram “uma verdadeira jóia”, foi lembrado, mas ainda “O Vira de quatro”, “Canoa” fechando, obviamente com “Malhão de Águeda” que é dançado à ordem do mandador e poderá ter influência francesa... Noutro âmbito, a Orquestra Filarmónica, 12 de Abril encheu o palco de sons, harmoniosas, requebros e toques bem impressivos, ao interpretar temas como “Olympic Banfare and theme, de John Williamas, “La Gaza Ladra”, de Rossino: “No trilho do Sol”, arranjo de maestro aguedense Amílcar Morais e fechou com “La Boda de Luis Alonso”. No entanto, antes desta última, esteve ao serviço da voz do “Pavaroti aguedense”, Alcindo Antunes que cantou e encantou tanto com “Granada”, como com Ay Jalisco no te trajes”, tão do seu agrado, como em todas. Na batuta esteve o maestro convidado, Carlos Marques, que sabemos, vai passar-se, com toda sabedoria e capacidade, para a Filarmónica de Travassô, a fim de dirigir a escola de música que vai alargar fronteiras, podendo eventualmente dar uma ajuda a Pedro Neves, assoberbado com trabalhos. Entretanto, o grande macenas da Banda, António Silva, está no momento a preparar mais uma viagem ao Brasil na próxima páscoa, com concertos já marcados para o Rio Grande, Portalegre e Rio de Janeiro, procurando no momento que a Banda dê um salto a Fortaleza. Fugindo do “clássico” ainda interveio no encerramento do sarau cantando, bem ao seu jeito, o tema “Amigos para sempre”. Sem dúvida um belo tema em tempo de tanta crispação na sociedade e de tanto ódio e guerra. Aqui, subiram ao palco novamente tanto o Cancioneiro como o Orfeão para dar uma ajuda ao coro. Uma maneira de terminar em apoteose um espectáculo que foi tão luminoso quanto é a empresa que o promoveu e tão harmonioso quanto é a famíia da empresa três EEE, reinando um laço de grande amizade entre todos os que nela colaboram. JORNADA LUMINOTÉCNICAS Discursos não houve no final, mas agradecimentos que Mendes da Paz tanto dirigiu às colectividades que participaram no sarau, como a Alcindo Antunes. Era uma maneira de fechar também em beleza as terceiras jornadas de Luminotecnia que tinham decorrido naquele dia na Associação Industrial de Águeda, patrocinadas exactamente, pela empresa em festa, evento de que muito terá que se orgulhar Águeda”, afirmou. É que “a nata dos técnicos ligados à iluminação” esteve nesta cidade. Encerrou, desejando que a empresa faça com o mesmo esplendor as Bodas de ouro - “ou nós ou os que cá estiverem”, explicitou. As de prata, recorde-se, tiveram início e ponto alto no dia 28 de Setembro, data em que a empresa inaugurou, com a presença da Secretária de Estado da Indústria, Comércio e serviços, Maria do Rosário Ventura, depois de visitada a unidade fabril, um exemplar edifício dos serviços administrativos. (21 Nov / 10:04)

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