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01-04-2003

Bispo defende integração de imigrantes


Aveiro

Imigrantes Bispo de Aveiro defende esforço de integração gradual O bispo católico de Aveiro, D. António Marcelino, admitiu que o Estado não pode resolver com a celeridade desejada os problemas dos imigrantes e reiterou a disponibilidade da Igreja para ajudar nessa tarefa. «Alguns dizem que o Estado pode fazer mais pelo bem- estar dos imigrantes, outros acham que não, outros ainda acham que o pode fazer gradualmente. Esta última hipótese parece-me a melhor. Quem está a governar não o pode fazer só com o coração, mas também com a cabeça«, disse o prelado à agência Lusa. D. António Marcelino falava à margem de um encontro sobre imigração promovido pelo Secretariado Diocesano de Aveiro das Migrações e Turismo (SDAMT), tendo sublinhado que a Igreja Católica continua disponível para ajudar «mas não em conflito com Estado«. Para o bispo de Aveiro, os imigrantes de Leste - sobretudo estes - são credores de especial carinho porque «já foram perseguidos durante tantos anos nas suas terras, sendo- no também pelas máfias que os trouxeram até nós«. Igualmente em declarações à agência Lusa, o responsável pelo SDAMT, José Alves, disse-se esperançado que legislação em preparação sobre os imigrantes que seja «um pouco mais humana«. José Alves sublinhou «apenas quatro por cento da população portuguesa é constituída por imigrantes, enquanto que a Suíça tem 20 por cento«. «O meu entendimento pode ser discutível, mas se calhar ainda há cá lugar para este gente toda«, disse, numa alusão a imigrantes que entraram clandestinamente no país e que agora enfrentam dificuldades para se legalizarem. Ajudar esses imigrantes é uma das tarefas do SDAMT, que também faz a «ponte« com instituições de solidariedade que ajudam igualmente trabalhadores estrangeiros. Obter emprego para imigrantes tem sido outro objectivo do SDAMT, embora José Alves admita «pouco sucesso« nessa missão, uma vez que a maioria dos que procuram esse tipo de ajuda são ilegais. Lusa (24 Nov / 10:26)

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