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01-04-2003

Banda Filarmónica da Mamarrosa. Excelente Concerto de Natal


Mamarrosa

Mamarrosa Banda Filarmónica da Mamarrosa Excelente Concerto de Natal Há sempre uma estrela, há sempre uma luz, há sempre uma esperança rasgando as trevas. É natal! De novo vai nascer Jesus! Mesmo que o vento sopre, o frio aperte e a crise tolha os nossos projectos e limite os nossos sonhos, sempre uma revoada de algo de novo, abrindo perspectivas de graça e beleza no caminho dos mortais - anima em cada ano um tempo ameno em que a paz, a alegria, o amor e a concórdia estão um pouco mais perto do coração dos homens. E foi interpretando este espírito natalício e integrando-se neste tempo santo de natividade que o concerto de Natal surgiu como uma bênção, no dia 22, domingo, no Salão Cultural das Obras Sociais, 15 horas. Com garra, força, entusiasmo, vida e animação. A força que a música transmite, a alegria que se desprende de todo o instrumental em acção e a sonoridade em vulcão de aclamações, fazendo estremecer toda a vasta plateia. Assim começou e continuou este concerto, que, na sua expressão estética e artística, deixou nos corações uma suave mensagem de harmonia, beleza e alacridade sacrossanta - forte, enérgico como o estrondear e ribombar do trovão e, ao mesmo tempo, numa outra vertente, ameno, doce e meigo, quais palhinhas em humilde manjedoura de Natal. De coração liberto e atento, as pessoas foram absorvendo as notas musicais com a solene religiosidade de quem sente que é bafejado pela singularidade única e específica de poder apanhar no ar e beber na mente e na alma os acordes belos e melodiosos deste maravilhoso espectáculo de Natal. A arte educa e pela arte se aprende a estar no tempo e na vida. E ainda bem: cada vez o povo acorre em maior quantidade a este tipo de eventos, demonstrando assim o seu gosto crescente pelas coisas de um determinado nível artístico. Nesta tarde de concerto, de salientar, além da beleza na execução instrumental, a inserção de vocalistas, o próprio maestro da banda, o Professor Fernando Lopes e a Sónia Areosa, num dos números em que a direcção esteve a cargo do contra-mestre, Pedro Pacheco, por exemplo, na peça “Natal branco”. Do programa podemos considerar primeiro uma parte nitidamente clássica com “La Virgen de la Macarena” arranjo de Charles Kaff em que Pedro Pacheco foi solista de trompete. “Tannhauser”, de Rochard Wagner, e o “4º Andamento/9ª Sinfonia” de A. Devorak. E uma parte de música ligeira com “God Save Lhe Queen” arranjo de Carlos Marques; “Volta ao Mundo”, de Paul Yoder e Harold Walters e “Trnbone King” de K.L. King. Destas peças só a “Volta ao Mundo”, de Paul Yoder e Harold Walters, já tinha sido tocada; todas as restantes foram executadas nesta banda pela primeira vez. Cada instrumento deu o seu melhor em louvor do novo rei e nem faltou o toque e o repenicar dos sinos. Todo o espaço rejubilou na apoteose do concerto: os sons percorreram todas as escalas possíveis, ora subindo, ora descendo; tanto embalavam suavamente, como incitavam e encorajavam com toda a garra e energia. Em “A volta ao Mundo”, Inglaterra, Escócia, Alemanha, França, Espanha, Itália, Rússia, Japão, México, Venezuela, Brasil, Estados Unidos, Portugal” - pudemos sentir como a música pode transmitir as emoções e sentimentos de cada país. Excertos de peças musicais belas e diversificadas, mas identificativas dos vários tipos de identidades territoriais. Pois que cada território tem a sua geografia específica que determina uma individualidade ímpar, definida por certas especificidades intelectuais, emocionais e expressivas. É o que nos transmite esta ronda musical através dos vários países. Embora apelidado de concerto em família pelo próprio maestro, talvez principalmente devido ao clima quente de comunhão estabelecida entre músicos e público, ele constituiu um momento alto na vida desta instituição cultural. Todas as peças, dado o elevado nível técnico da sua execução, muito agradaram a toda a assistência e nalgumas ainda sobressaíram certos pormenores melódicos e rítmicos. E, na última obra, “Tronbone King”, os solos de vários naipes despertaram o enlevo e a curiosidade de todos os espectadores. Foi nesta altura que se procedeu à extracção dos prémios alusivos às rifas vendidas durante o concerto. A vereadora, Leontina Novo, aproveitou a ocasião para felicitar a Banda e desejar a todos os presentes as melhores Boas Festas neste Natal de 2002. Igualmente o presidente da associação Beneficente, Cultura e Recreio da Mamarrosa, Arsélio Canas, tomou a palavra para dizer que o trabalho apresentado resultava da convergência de vários esforços: maestro, monitores, músicos, direcção, desejando a toda a numerosa assistência um Bom Natal. E, sempre com a apresentação e colaboração de Regina (da Direcção), o concerto foi-se aproximando do fim. Mas extra programa, houve ainda duas canções de Natal, tocadas pela banda e entoadas pela assistência e pelos meninos aspirantes a músicos, terminando assim o concerto numa grande apoteose de aclamação, com todas as pessoas de pé. Rosinda de Oliveira (2 Jan / 9:21)

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