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01-04-2003

Pintura Maneirista em Aveiro


Aveiro

Aveiro Pintura Maneirista em Aveiro Numa edição de luxo da Santa Casa da Misericórdia deAveiro, foi lançado, em vésperas de Natal, no domingo que o antecedeu, como bela prenda, o livro intitulado “Pintura Maneirista em Aveiro”, da autoria do historiador Amaro Neves que às coisas da cidade, no aspecto da descoberta e investigação, tem prestado um grande contributo. Veja-se que dos 15 títulos já publicou até hoje, apenas três não dizem directamente respeito a esta cidade. Se Amaro Neves já tinha abordado a arte maneirista em “Dois Retábulos maneiristas na Sé de Aveiro” (1996), desta feita, é mais abrangente e trata das pinturas que de valor sobram tanto na Misericórdia, como também na Sé de Aveiro, igreja da Vera Cruz, Convento do Carmo, Casa Paroquial da Glória e Museu de Aveiro. Mas sobretudo, as que constituem valioso e significativo património da Santa Casa. De resto, o livro que tem como grande objectivo trazer para a luz do dia “contributos para o seu estudo”, estes acentuam-se e explanam-se pela grande parte das páginas do livro, já que Amaro Neves, com um currículo invejável a nível de livros publicados com a chancela de uma investigação criteriosa e séria, acaba por debruçar-se essencialmente sobre o “núcleo da Santa Casa”, onde hoje há até uma oficina de conservação e restauro. Não fosse ele hoje um grande apaixonado pelo seu património, grande responsável que tem sido pela sua recuperação a nível do património, quer sejam as paredes do edifício, quer as obras de arte que nela pousam, nomeadamente algumas telas que foram recuperadas ao longo de largos meses, com as vantagens que se adivinham, como por exemplo “Descida da Cruz”, que ganhou em cor e movimento. “Este trabalho será mais um contributo para que os valores artísticos aveirenses sejam melhor entendidos e valorizados, ajudando a construção de um passado que foi, no todo, um período de grande labor por motivações, logo a seguir ao Concílio de Trento (1545-1563) afirma, claramente, Amaro Neves na introdução. Se Amaro Neves trata essencialmente dos pintores dos fins do século XVI e XVII, não deixa de abordar também alguns trabalhos e nomes que perpassam o século XIX e também alguns do século seguinte. Relevem-se no primeiro caso nomes como António André, o mais conhecido no mundo das artes, Diogo Teixeira, D. Maria de Guadalupe de Lencastre, Miguel da Fonseca, Francisco de Araújo, Diogo Ferreira, Rodrigo Simões Ambrósio de Figueiredo, Sebastião Rodrigues, Pantaleão Marques, Francisco Pinto e tantos outros. (6 Jan / 9:49)

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