O Partido Comunista Português reage aos receios levantados pelo editorial do Diário de Aveiro quanto ao futuro do país num eventual cenário de Governo de Esquerda e responde em texto enviado à publicação considerando-se vítima de “tratamento diferenciado” e salientando que o editorial vinca que o jornal “defende e defenderá uma ideologia e uma linha política”. O PCP acusa mesmo a publicação de jogar com valores que “coloca acima da imparcialidade e liberdade informativas”.
No rescaldo do processo eleitoral, o PCP lembra que “as eleições não se resumem a ganhar ou perder. “Nas Eleições Legislativas são eleitos 230 deputados, é da correlação de forças estabelecida pelos partidos que eles representam que resulta o que acontece na Assembleia da República, incluindo a viabilização do Governo. Cada partido é responsável pelas opções que toma. Essa é também uma das conquistas do 25 de Abril e da Constituição que dela emanou”.
A Direção Regional de Aveiro do PCP diz que ao associar o PCP ao PREC, o DA “ ignora que vários outros partidos foram igualmente membros dos Governos provisórios durante este período”. E defende que foram alcançados avanços na sociedade portuguesa nesse período, “que mais tarde viriam a ser inscritos na Constituição da República Portuguesa (Sufrágio universal, fim da censura prévia, liberdade de expressão e associação, direito ao trabalho, à saúde, à educação, direito ao divórcio, entre muitos muitos outros exemplos que duram até aos dias de hoje)”.
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