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18-01-2016

ERSUC diz que dados sobre lixos de Coimbra e Aveiro correspondem à realidade.



A empresa responsável pelo tratamento de lixo dos distritos de Coimbra e Aveiro disse hoje que os resíduos que mandou em 2014 para reciclagem correspondem à realidade e aos dados do seu relatório e contas naquele ano.

"Todos os elementos" que a ERSUC - Resíduos Sólidos do Centro relata correspondem "rigorosamente à realidade", assegurou hoje à agência Lusa o administrador-delegado da empresa, Alberto Santos.

A Quercus denunciou hoje que a empresa enviou para aterro 46% dos resíduos, quase o dobro do que refere o seu relatório e contas de 2014 e que seria o desejável.

"Comunicámos à APA [Agência Portuguesa do Ambiente] os nossos cálculos e recebemos uma carta a dizer que, de facto, a ERSUC não enviava apenas 25% de resíduos para aterro, mas enviava 46%, ou seja, o dobro praticamente do que dizia no seu relatório e contas, o que quer dizer que a nossa estimativa estava correta", disse à agência Lusa Rui Berkemeier, coordenador do Centro de Informação de Resíduos da Quercus. "Reafirmo que todos os elementos que a ERSUC relata, quer em suporte físico, quer virtual, nos termos da lei, correspondem rigorosamente à realidade", sublinhou Alberto Santos.

Sobre os cálculos das percentagens de resíduos enviados para aterro e para tratamento, o responsável da empresa considera que "cada entidade faz as contas que entender".

Alberto Santos disse, por outro lado, que até ao momento em que falava à agência Lusa, ao final da manhã de hoje, não tinha conhecimento da carta da APA que a Quercus refere ter recebido, confirmando as estimativas da associação ambientalista sobre lixos encaminhados para aterro e tratados.

Os elementos relativos à gestão de resíduos da ERSUC são os que constam no portal da APA ("que é o sítio onde têm de ser registados") e, naturalmente, "coincidem" com os elementos inscritos nos relatórios da empresa, acrescenta.

A Quercus fez uma avaliação dos sistemas de tratamento de resíduos urbanos da ERSUC e das quantidades de lixo que eram enviadas para aterro porque tinha "algumas suspeitas de que não estariam a funcionar como era dito".

No relatório e contas da empresa referente a 2014, disponível no seu "site", é referido que, "das 349.480 toneladas de resíduos encaminhados para tratamento e valorização através do tratamento mecânico e biológico, 87.370 toneladas foram depositadas em aterro", ou seja, 25% dos resíduos.

 

 

Fonte: Lusa


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