O Partido Ecologista “Os Verdes” questiona o Governo sobre a Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga. Perguntas dirigidas ao Ministério da Cultura sobre a Estação situada a sul do rio Vouga e a norte do rio Marnel, próximo de Lameiras do Vouga, freguesia de Lamas, concelho de Águeda, e que está classificada de Imóvel de Interesse Público desde 1947.
Os Verdes estiveram, recentemente, no local e falam em “cenário deprimente de abandono”, com falta de manutenção e progressiva degradação, “apresentando sinais visíveis de vandalismo”. Não existirão vedações e o acesso será livre ao local.
“A situação de abandono e de desinteresse por este património arqueológico, classificado de Interesse Público é inadmissível, podendo acarretar a degradação irreversível de património ilustrativo de várias épocas e de várias civilizações que ocuparam este território”, adverte o PEV que pretende saber se o Ministério da Cultura tem conhecimento que a Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga se encontra em estado de abandono e em progressiva degradação e se considera admissível que este património classificado de Interesse Público esteja sujeito ao abandono.
Questiona o Governo sobre as ações que têm sido desenvolvidas nos últimos anos no sentido de manter aquele património arqueológico e que medidas de manutenção e preservação estão previstas a curto e médio prazo de forma a evitar a degradação deste património histórico.
A ocupação desta área arqueológica, pela sua posição geográfica, terá ocorrido desde a idade do Bronze, contudo a ocupação mais expressiva remonta à Idade do Ferro, sendo posteriormente romanizada e tendo o castro do Cabeço do Vouga sido apontado como provável assentamento da Talabriga (principal centro urbano do Baixo Vouga), já mencionada em fontes clássicas. Esta área foi posta a descoberto através das escavações arqueológicas efetuadas no segundo quartel do século XX.
A Estação Arqueológica do Cabeço do Vouga, apesar de ser considerada um ponto de interesse turístico do município de Águeda, encontra-se contudo “encerrada ao público, reabrindo assim que se reúnam as condições necessárias para a realização de visitas”, conforme refere a informação disponibilizada no sítio eletrónico da Câmara Municipal de Águeda.
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