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23-06-2016

“Doze anos está bem, três mandatos chega. Atingiram o limite dos mandatos. É a vez do PS” - Manuel Sousa.



Manuel Sousa afirma que PSD e CDS estão a cumprir o terceiro mandato e que 12 anos podem representar tempo de mudança na Câmara de Aveiro. O novo dirigente da concelhia socialista de Aveiro tomou posse, esta quarta, e no discurso lembrou que não é apenas Ribau Esteves o rosto do projeto político mas também Élio Maia.

Numa alusão à limitação de mandatos, Manuel Sousa diz que 2017 é a oportunidade para o PS voltar ao poder considerando "esgotado" um ciclo de 12 anos nos partidos da coligação (com áudio).

Confessando otimismo quanto ao projeto do PS e à capacidade de reafirmar o Partido Socialista como alternativa de poder, Manuel Sousa assume que a meta é vencer as eleições de 2017.

“É uma honra, uma responsabilidade mas é com otimismo que encaro o desafio. A nossa carta de princípios tem no ponto 13 um resumo. Queremos liberdade, descentralização e a procura de todos para procurar o que nos faz falta. Queremos atrair todos para a solução. Isso diferencia-nos de quem governa Aveiro”.

Piscar o olho a um eleitorado mais abrangente e fazer política “porta a porta” são notas do projeto que o novo líder concelhio quer protagonizar.

“Temos de ir além das fronteiras do PS. Trazer simpatizantes e mobilizar todos. Temos que ir a cada momento e espaço de encontro no porta a porta. Já o estamos a fazer mas vamos reforçar como Comissão Política”.

Pires da Rosa, o ex-presidente da concelhia, foi convidado a discursar na sessão deixando elogios à iniciativa de tomada de posse com presença dos ex-dirigentes. Dirigiu-se a Manuel Sousa para salientar uma “marca da diferença” a pensar na unidade do partido.

“Não deixo de registar esta transição que marca uma diferença no paradigma deste tipo de estruturas. Não posso deixar de sublinhar a forma como estás a unir o Partido e estou certo que vamos conseguir ter um resultado muito interessante. Porque não fazer como o PSD e o PP, em 2005, e tentarmos uma surpresa?”

Mas mensagens políticas da noite, Paula Urbano Antunes, vereadora na autarquia, deu o mote com os princípios que devem ser seguidos para oferecer um projeto alternativo. Defende que o trabalho de equipa é alternativa a um sistema "presidencialista".

“Se em 2016 governássemos estaríamos a fazer diferente e não tenho dúvidas que seriamos capazes de fazer mais e melhor. Em primeiro porque trabalharíamos em equipa. Este modelo é presidencialista e não é a melhor forma de governar porque provoca atrasos e lentidão. Isso gera insatisfação em colaboradores e munícipes”.

Pedro Nuno Santos, presidente da Federação Distrital do PS, destaca a permanência de PSD e CDS no poder há 11 anos sem conseguir resolver os problemas financeiros.

“Depois da promessa de resolução de problemas e de fracassarem com o anterior fracassam uma segunda vez. PSD e PP falharam. Hoje dizemos: basta. Os aveirenses conhecem o PS e sabem o que já fizemos. Temos razões para sentir enorme orgulho em ser socialista de Aveiro e no que o PS fez, ainda para mais com 11 anos em que a capital de distrito marcou passo. Estamos a recuar”.

Pedro Nuno Santos defendeu que o PS deve vincar orgulho no trabalho de Alberto Souto e defender esse legado. E deixou a gestão de Águeda como exemplo do que pretende para Aveiro.

“Perceber a importância que a Câmara e o presidente da Câmara de Águeda teve na captação de investimento estrangeiro. Temos um presidente que olha para o investimento e para a economia como responsabilidade sua. Esta é a nova geração de responsabilidade dos autarcas e os socialistas têm obra para mostrar”.

O dirigente que tem a seu cargo a pasta de secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares exortou ainda a concelhia a defender a ação do Governo.

“As concelhias não podem achar que a sua responsabilidade se esgota nas autárquicas. É também pelo que estamos a construir no país. Sentimos resistências porque temos um governo a reformar. Queremos que o Estado recupere a capacidade de qualificar a escola pública, o serviço nacional de saúde e defender o serviço público de pensões”.

 


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