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21-07-2004

a primeira concentração no ensino superior


IPAM e UNI

As entidades instituidoras do IPAM – Instituto Português de Administração de Marketing e da Universidade Independente, assinaram hoje o acordo  com vista à primeira grande concentração de empresas e instituições no ensino superior português.  Esta operação congrega mais de 5.000  alunos, distribuídos por Portugal – Lisboa, Porto e Aveiro, Brasil e Angola e será a terceira maior instituição de ensino superior particular.

Falando sobre esta nova realidade Caetano Alves, Presidente da Ensigest, declarou ao JB:“A forte contenção e mesmo contracção no ensino superior em Portugal advindas da depressão demográfica e especialmente do abandono escolar, associados à crise económica tornaram inevitáveis as operações de concentração no sector”.

Neste sentido a SIDES e a ENSIGEST, enquanto principais entidades com responsabilidade do sector, decidiram realizar a primeira operação de fusão em Portugal, contribuindo esta operação para reforçar a sua solidez financeira  e consolidar a sua posição com vista a preparação de uma estratégia de concentração através da realização de outras operações, já em estudo.

A dispersão de Instituições e Cursos até agora existente, não só volatiliza a oferta e dispersa a procura, como dificulta que cada instituição de per si, apesar dos esforços, possa desenvolver o Ensino de Qualidade.

A concentração de Instituições permitirá assim uma maior racionalidade na oferta educativa com a consequente reavaliação e reformatação dos seus cursos. Mas permitirá igualmente uma maior rentabilização de espaços e sinergia de recursos.
 
“A concentração, acompanhada do reforço da necessária gestão profissional da Instituição, permitirá um melhor aproveitamento dos recursos financeiros, permitindo um maior investimento, quer ao nível das  instalações e equipamentos, quer ao nível da formação do próprio quadro docente, pedra fundamental para o ambicionado Ensino de Qualidade”, disse Rui Verde, Vice Reitor da UNI. Estamos em crer, continuou o Vice- Reitor, que os alunos que vão entrar agora, ou no futuro, no ensino superior, vão estar cada vez mais atentos a ingressar em projectos educativos geridos de forma criteriosa, exigente e dinâmica. São os nossos próprios alunos que nos motivam a melhorar dia a dia, com o objectivo de construir um projecto de excelência no ensino superior privado. A vantagem, em última instância, é deles”.

Os protagonistas desta nova realidade deixaram ainda clara a convição que "existem instituições e projectos de valor no Ensino Superior Privado e que os processos de concentração entre instituições vão ter de continuar e que este será apenas um primeiro passo."

Nesse sentido deixam um  um apelo, ao Estado, representado pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior, no sentido de apoiar e facilitar em termos burocráticos os processos de concentração, uma vez que estes também contribuem para solucionar um problema, com que o Estado, a curto prazo, se poderá ver confrontado, que é o da própria viabilidade do sector. Reiterando esta posição exprimem-se dizendo

Neste contexto, o Presidente da Ensigest adiantou que “é  nossa convicção que as pessoas - entenda-se Docentes e Colaboradores, são o factor mais importante, decisivo e diferenciador da Qualidade da Instituição - daí constituírem uma das nossas principais preocupações em todo este processo - por isso, a solução estratégica encontrada para os recursos humanos será a do aproveitamento recíproco dos colaboradores de ambas as instituições incentivando a capacidade individual de inovação, iniciativa, empreendimento e preparação para a mudança.". Caetano Alves acrescentou ainda "A futura instituição nascida da presente concentração terá de ser forçosamente uma Universidade virada para o futuro, mas ligada a uma multi-disciplinariedade académica, garantindo-se o aproveitamento máximo dos planos de estudos e conteúdos curriculares de ambas as instituições numa lógica de planificação, organização e gestão sustentável dos cursos superiores por si ministrados.A inovação e a diferenciação estarão na base do projecto que nos propomos, onde a capacidade de empreender será uma das máximas sempre presentes, ao lado da sustentação científica inerente à sedimentação de uma universidade."

Novas áreas profissionais como o Marketing e a Comunicação fazem já parte do histórico das instituições que agora se reúnem. Outras se lhe irão juntar como o Design e a Psicologia do Consumo, fazendo da Universidade Independente, a instituição mais avançada no domínio das profissões e ciências do futuro.

"Todas estas mudanças assentarão numa estratégia global uníssona que visará, acima de tudo, garantir a qualidade do ensino ministrado na Instituição, acompanhada de uma gestão profissional constante, com vista à sua diferenciação e inovação perante as demais instituições congéneres", concluiu Caetano Alves.

 


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