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NOTÍCIAS |  | | 26-08-2004
| Sociedade do Luso considera inoportunas declarações
| | Mealhada |
| | A administração da Sociedade da Água de Luso classificou de inoportunas as recentes declarações do presidente da Câmara da Mealhada, que critica a eventual extinção da empresa enquanto entidade autónoma com sede no concelho.
Em comunicado hoje divulgado, a administração da Sociedade da Água do Luso, embora não desminta tal possibilidade, considera "extemporânea a posição pública assumida pelo presidente da Câmara da Mealhada", Carlos Cabral, "que (...) vem pôr em causa as boas relações estabelecidas entre ambas as partes".
Carlos Cabral, presidente da Câmara da Mealhada, criticou recentemente aquilo que chamou de "dissolução" da empresa, deixando antever que caso tal aconteça, as relações entre a Sociedade da Água do Luso e a autarquia poderão sofrer alterações.
A reacção da Sociedade Água do Luso (SAL), que poderá ser fundida na Sociedade Central de Cervejas, do grupo Scottish & Newcastle, não tardou em reagir.
"Não deixamos de estranhar a antecipação dessa posição pública, quando estava calendarizada uma reunião entre a administração da SAL e a edilidade da Mealhada, no sentido de encontrar um consenso sobre as formas de tornar a SAL numa sociedade moderna e preparada para os desafios que a envolvente económica local, nacional e internacional impõem a um líder de mercado", refere o comunicado da empresa que explora a água do Luso.
A Sociedade da Água de Luso e os seus accionistas, a Scottish & Newcastle, garantem "não ter ainda tomado qualquer decisão sobre os caminhos do futuro", mas reafirmam "a aposta clara e inequívoca na água de Luso como uma marca estratégica".
A Câmara da Mealhada emitiu recentemente uma nota de imprensa, dando conta de estar agendada para a primeira quinzena de Setembro uma reunião com os novos accionistas escoceses da Sociedade da Água do Luso e da Sociedade Central de Cervejas, "com vista a esclarecer rumores que apontam para a intenção da administração de proceder à fusão das empresas, dissolvendo" a empresa das águas na empresa cervejeira, com sede em Lisboa.
Na nota era referido que na última reunião entre a Câmara Municipal da Mealhada e a administração das referidas empresas, que decorreu em finais de Abril, "tal figurino de gestão não foi sequer abordado, mas essa hipótese é comentada entre funcionários da Sociedade da Água do Luso".
"Tais rumores estão a provocar sérias preocupações, já que a Sociedade da Água do Luso é a maior empresa do concelho da Mealhada há mais de 150 anos, explorando um recurso natural de elevada qualidade.
É ainda uma empresa líder de mercado nacional, tendo vindo a ser +utilizada+ como +alavanca+ de promoção da cervejeira de Lisboa", salientou a autarquia.
O presidente da Câmara da Mealhada anunciou pretender apurar da veracidade de tais rumores e, aludindo a um diferendo judicial recentemente resolvido, disse acreditar "que os accionistas escoceses não quererão abrir novas hostilidades, que não serão vantajosas para a empresa das águas, azedando as relações com a autarquia, que têm sido extremamente cordiais nos últimos tempos".
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