Várias empresas vão pagar as propinas do 1.º ano do Mestrado Integrado de Engenharia Física (MIEF) da Universidade de Aveiro (UA) aos estudantes com as melhores notas de ingresso no curso. A iniciativa pretende premiar os caloiros com as sete melhores médias entre os 14 e os 17,5, já que a UA isenta do pagamento das propinas todos os caloiros que concorram à academia com uma nota igual ou superior a esta última média. Este é o segundo ano que o Departamento de Física promove este prémio que visa ajudar a reduzir as necessidades de engenheiros numa área que é a terceira com maior taxa de empregabilidade do Ensino Superior nacional.
“Estes prémios destinam-se aos sete estudantes com as médias de acesso mais elevadas que ingressem no MIEF no ano letivo 2016/17, e consistem no pagamento da propina [no valor de 1063.47 euros] referente ao 1º ano do curso”, aponta João Miguel Dias, diretor do Departamento de Física (DFis). E como todos os caloiros que escolham a UA como primeira opção no concurso nacional de acesso e que tenham uma nota de candidatura igual ou superior a 17,5 valores vão estar isentos do pagamento de propinas, a iniciativa do DFis contempla os sete estudantes com as melhores médias compreendidas entre 14 e 17,5 valores.
Ao grupo de empresas - Bosch Termotecnologia SA, Aspöck Portugal SA, Chatron, Costa Verde, MT Brandão, Prirev – que no ano passado patrocinaram as propinas dos seis melhores candidatos junta-se agora o Grupo Preceram. João Miguel Dias garante este é um “conjunto de empresas nacionais e internacionais que reconhece a importância e necessidade de formação de quadros superiores na área da Engenharia Física, através do apoio ao recrutamento de estudantes com elevado potencial através da atribuição de Prémios de Mérito”.
Este apoio por parte da indústria aos futuros engenheiros físicos da UA, sublinha João Miguel Dias, “vem reconhecer a excelente formação proporcionada a estes diplomados, que se encontra alicerçada na transferência para a intervenção pedagógica dos resultados da investigação científica efetuada no DFis, desenvolvida em forte colaboração com a indústria através da prestação de serviços e projetos em parceria”.
O responsável pelo DFis lembra que “a qualidade científica deste departamento se destaca a nível nacional, onde é o único que integra uma unidade de investigação excecional e três excelentes segundo a última classificação da FCT, e também internacionalmente”, como demonstram os recentes prémios obtidos pelos seus investigadores assim como as publicações frequentes em revistas de grande fator de impacto.
O financiamento destes prémios por parte da indústria surge na sequência do reconhecimento do curso – o MIEF é o único curso de Engenharia Física no país distinguido com o selo de qualidade internacional EUR-ACE - e dos seus diplomados no mercado de trabalho, juntamente com o facto, lembra João Miguel Dias, “da área científica da Física ser na atualidade a terceira com maior taxa de empregabilidade do Ensino Superior nacional”.
A cooperação com o tecido industrial e empresarial tem sido mesmo uma aposta contínua da formação oferecida pelo DFis. Em particular, lembra o diretor, o MIEF promove, no 5º ano do curso, a realização de Dissertação e Estágio em ambiente empresarial, estrategicamente enquadrada para a definição de diferentes perfis das indústrias e empresas de elevado valor tecnológico”. Neste contexto, “a inovação neste tipo de indústrias e empresas é favorecida com a atividade de diplomados de cursos das áreas científico e tecnológicas como o MIEF, conforme foi reconhecido pelas empresas que patrocinam este prémio desde 2015”.
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