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07-10-2004

Presidente da AIA quer melhores acessibilidades


Águeda

Ricardo Abrantes, presidente da Associação Industrial de Águeda, aproveitou, na última sexta-feira, a presença do secretário de Estado Adjunto do ministro da Presidência, Feliciano Duarte, que inaugurou a ExpoRegiões (que encerrou na terça-feira), para exigir melhores acessibilidades para o seu concelho. “CHEGOU A HORA DE DIZER CHEGA” Ricardo Abrantes começou por referir que “andámos a evitar ser demasiado agressivos, até por uma questão de proteger os nossos associados”, mas “chegou a hora de dizer: chega”. “A partir de agora, serei mais agressivo”, sublinhando que”todos sabemos qual é o inimigo número um da economia”, mas, escusou-se a revelá-lo em público. Ricardo Abrantes diz que “a economia vive momentos difíceis”, recordando que o gás natural e os combustíveis são dos mais caros da Europa; a legislação laboral “continua a privilegiar quem não cumpre”, ou mesmo as acessibilidades locais, cujo panorama local é triste. Continuamos nós sem ter um acesso à auto-estrada ou uma ligação rápida Águeda - Aveiro”. “PODERÁ SER UM TERRA DO INTERIOR” Já Horácio Marçal, presidente da Assembleia Municipal de Águeda, no capítulo das acessibilidades, concordou com Ricardo Abrantes, afirmando que “não faz sentido que Águeda seja, actualmente, a única cidade do distrito que não tem um acesso à auto-estrada, mostrando-se convencido que, pelo andar das obras, nem daqui a seis anos Águeda terá o acesso concluído”. Marçal não se inibiu de afirmar mesmo que “se assim continuar, Águeda, corre o risco de começar a ser uma terra do interior, quando está no litoral”. Por seu lado, Feliciano Barreiras Duarte sublinhou que a indústria não é o seu pelouro, mas não deixaria de sublinhar que “se existem queixas, o presidente da AIA não tem que pedir desculpas por as fazer”. “É verdade que Águeda tem acessibilidades que não são as desejáveis, até porque sai mais cedo para chegar a hora por causa dos acessos a Águeda”, referiu o governante. “INICIATIVA DE IMPORTÂNCIA” A ExpoRegiões, que a AIA organiza, desde 1994, nos Pavilhões desta associação, em Águeda, contou este ano com 140 expositores. Segundo Miguel Coelho, secretário-geral da AIA, a 11ª edição da ExpoRegiões, apesar de se realizar “numa altura particularmente difícil para os vários sectores de actividade que resultam do abrandamento económico nacional e internacional, concretizou mais uma iniciativa de importância, de relevo e de grande qualidade regional”. “Foi também uma continuidade aos desafios que nos são colocados”, afirmou este dirigente associativo. Miguel Coelho sublinha que para combater o mau momento económico em que se realiza a feira, foi feita uma campanha de promoção e modernização do certame, o que “constituiu um factor determinante na afirmação da feira bem como na promoção e divulgação das várias actividades económicas e sócio-culturais, bem como na promoção do concelho de Águeda”.

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