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19-09-2016

"Na Gafanha do Carmo há mais tranquilidade e o relógio anda mais devagar" - Fernando Caçoilo.



A Câmara de Ílhavo garante que está atenta ao trabalho de planeamento para a criação do centro cívico da Freguesia da Gafanha do Carmo. Fernando Caçoilo foi à celebração dos 56 anos da freguesia para dizer que os apelos da Junta não estão esquecidos.

A aquisição de terrenos, a criação de condições para o projeto e as oportunidades de financiamento centram as atenções nesta fase do trabalho. O autarca de Ílhavo lembra que a Igreja que estava em área concentrada tem hoje melhores condições, com parque infantil e passeios. O próximo passo será a criação de uma área central que funcione como ponto de encontro da freguesia. Caçoilo afirma a Gafanha do Carmo como uma freguesia de elevado potencial pela qualidade de vida que propicia (com áudio).

Luís Diamantino, presidente da Junta da Gafanha do Carmo, defende o projeto do centro cívico como aspiração da freguesia e o turismo como vocação que começa a despontar. Inspirado pelo projeto anunciado de uma unidade hoteleira, o autarca defendeu que a proximidade à ria e à floresta tem muito a dar e pode ser gerador de emprego.

Cumpridos três anos de mandato, defendeu ainda o trabalho do Executivo como espaço de renovação com protagonismo aos mais jovens. “Ao fim de três anos desta equipa jovem penso que estamos a convencer as pessoas. Os garotos que não iriam conseguir nada afinal têm feito alguma coisa e querem fazer mais valorizando o passado”.

A celebração do 56.º aniversário da criação da Freguesia da Gafanha do Carmo assinalou-se este sábado com a visita à obra da Casa Mortuária da Gafanha do Carmo e a apresentação do documentário e do livro “O Padre das Prisões” do Padre João Gonçalves. O padre que falou de uma justiça para ricos e outra para pobres como sinal de um sistema que tem custos que só alguns conseguem assumir e, por isso, desigual.

“Não é que o juiz olhe para a cara e pergunte pela conta bancária. Existe enquanto uma pessoa tem dinheiro para bons advogados e diversos recursos. É neste sentido que se diz que há justiça para pobres e para ricos. A Justiça não tem acesso facilitado”.


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