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22-09-2016

"É muito importante sermos capazes de trabalhar a língua enquanto ativo estratégico global" - José Luís Carneiro.



O secretário de Estado das Comunidades diz que há uma dimensão universal na língua portuguesa que o Governo quer potenciar junto dos emigrantes. José Luís Carneiro anuncia que Londres vai receber a 1ª escola bilingue português/inglês de iniciativa privada.

E para os emigrantes que regressam ao país prepara a expansão de postos de apoio em juntas de freguesia. Um movimento que já registou aberturas mas que necessita de mais meios com garantias de um serviço efetivo.

Presente na Universidade de Aveiro, no colóquio “Exodus: migrações e fronteiras”, o responsável do Governo pelas questões da emigração não escondeu que a dimensão universal do país deve ser alimentada (com áudio).

“Já temos respostas no Alentejo, no Algarve, na grande Lisboa e no grande Porto. A emigração não é coisa só do interior. Há gente de todas as origens sociais e geográficas. Temos uma equipa transversal para dar resposta às questões levantadas na rede consular e gabinetes de apoio ao emigrante. Um trabalho interessante é avaliar a resposta dos gabinetes de apoio de 1ª geração e o que se perspetiva em termos de trabalho futuro”.

José Luís Carneiro defende que a universalidade do país permite a criação de oportunidades. “Há um trabalho vasto a desenvolver com oportunidades que se abrem nesta força de inserção do país no mundo. Em todo lado há portugueses. Há um campo vasto de trabalho e estudo para fornecer pistas de ação política para responder aos anseios dos mais velhos e dos mais jovens que estão em mobilidade”.

O colóquio “Exodus: migrações e fronteiras” foi partilhado por académicos que deixaram várias perspetivas. Carlos Costa, especialista em questões de turismo, lembra que até nesta realidade se pode falar de migrações. “Quando falamos de turismo falamos de uma espécie de migrações. Temos que conhecer esta economia das migrações, da demografia, das fronteiras e da ausência delas”.

Marlene Amorim, representante da Reitoria da Universidade de Aveiro, assume que a academia fomenta uma formação que prepara para a escala universal. “Esta uma ambição dos estudantes. Que sejam capazes de sair daqui com uma mais-valia de formação que lhes permita ser diferentes. Todos os estudantes se não vão trabalhar fora de Portugal vão estar em cadeias de abastecimento internacionais. É necessário compreender as coisas de forma mais ampla”.

O dia ficou marcado pela apresentação do livro “Gérald Bloncourt - O olhar de compromisso com os filhos dos Grandes Descobridores”, de Daniel Bastos e Paulo Teixeira e pela inauguração da exposição de fotografia "Pour une vie meilleure", de Gérald Bloncourt, que fala da vaga de emigração para França.

 

 


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